Apucarana começou fabricando bonés há 50 anos e hoje é pólo de confecções em geral

(da Redação)
Está fazendo 50 anos que Apucarana fabrica bonés, tornando-se a “Capital do Boné”. Foi em 1974, a partir da produção artesanal de bandanas e tiaras, que eram comercializadas em feiras agrícolas, exposições e nas praias do litoral paranaense.
Hoje, além dos bonés, a conhecida “Cidade Alta” afirmou-se como polo de confecções em geral. A cidade mantem hoje 2.821 empresas ligadas ao setor, empregando mais de 20 mil pessoas direta ou indiretamente. Hoje Apucarana tem marcas próprias de relevância nacional e até internacional, agregando alta tecnologia, produzindo além de bonés, camisetas, uniformes, jeans, spportwear, máscaras.
Só de bonés são confeccionados ali cerca de 4 milhões, metade da produção nacional. O segmento reúne uma gama de empresas que vão além do produto final, com aviamentos, tecidos e serviços, sem contar as facções que atuam na informalidade.
Por ocasião da pandemia do corona vírus, as empresas locais adequaram suas máquinas, prepararam a mão de obra para produzir máscaras faciais. Ajudaram o Brasil a salvar vidas.
Museu
(Prefeitura de Apucarana)
A Prefeitura de Apucarana, em conjunto com o Arranjo Produtivo do Boné (APL Bonés), o Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale) e o campus Apucarana da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR Apucarana), planejam a estruturação de um museu dedicado à história do boné e do vestuário no município.
A ideia, que partiu das entidades representativas, foi acolhida pelo prefeito Júnior da Femac e terá envolvimento direto da Secretaria Municipal da Promoção Artística, Cultura e Turística (Promatur). “Um projeto maravilhoso, que vamos agora dar o formato que desejamos, sendo um espaço de culto à memória desta atividade econômica que faz parte do nosso cotidiano há 50 anos. Ou seja, dos 80 anos de Apucarana, em 50 deles está presente o boné, o vestuário, fazendo do município expoente no setor em todo o Paraná, sendo o maior polo têxtil do estado, gerando emprego e renda a milhares de famílias”, celebrou o prefeito Júnior da Femac.
O assunto foi tema de uma no gabinete municipal, que contou com o presidente do APL Bonés, Jayme Leonel, e a presidente do Sivale, Bete Ardigo. Inicialmente chamado de “Eco-museu do Boné e do Vestuário de Apucarana”, o planejamento é de que o acervo a ser reunido ocupe espaço no prédio do Centro Cultural Fênix. “É uma ideia que nasce e que vamos agora moldá-la para que seja algo que integre história e interatividade, com imagens e sons”, disse o prefeito de Apucarana.