Arapoti: maior produtor de caqui e mel, além de pêssego, soja, leite, trigo…

(da Redação)
A distribuição geográfica da produção de caqui é liderada por oito unidades da federação, com destaque para São Paulo (47,1%), Rio Grande do Sul (26,5%) e Minas Gerais (11,4%), que juntas correspondem a 85,1% das colheitas nacionais. No Paraná, que responde por 4,6% da produção brasileira, ocupando o quinto lugar em volume e VBP.
No Paraná, quem tem (tinha) fama de produzir bastante caqui é Quatro Barras, mas a produção ali tem caído bastante, por falta de maior interesse dos agricultores, que convivem, há anos, com uma doença chamada antracnose. A Festa do Caqui, que se realizava há muitos anos, faz algum tempo que deixou de ser efetivada. No Estado, os números do Deral indicam uma área de 494,0 hectares destinada ao cultivo, com uma produção de 6,8 mil toneladas e um VBP de R$ 22,4 milhões para o mesmo período.
A produção estadual de caqui está concentrada nos Núcleos Regionais de Curitiba (32,2%), Ponta Grossa (23,7%) e Apucarana (15,4%), com destaque para o município de Arapoti, principal produtor (13,3%), seguido por Porto Amazonas (7,6%) e Bocaiúva do Sul (7,4%). Além disso, a cultura é explorada em outras 164 localidades.
Em Arapoti, conforme dados do Ipardes, o caqui é plantado em cerca de 30 hectares, com uma produção de 435 toneladas. O município é também o maior produtor paranaense de mel, além de pêssego em 35 hectares (228 toneladas), soja (33.300 hectares), trigo (16.000 hectares), milho (6.600), feijão, cevada, aveia.
Em 2023, até novembro, as Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasas/PR) comercializaram 8,4 mil toneladas de caquis, totalizando R$ 46,7 milhões, com a maior parte provinda do Rio Grande do Sul (66,0%) e do próprio Paraná (25,2%), a um preço médio de R$ 5,52 por quilo. Adicionalmente, 12,2 toneladas de caquis importados foram transacionadas nas Centrais, com um montante movimentado de R$ 289,5 milhões e um preço médio de R$ 23,6 por quilo, com destaque principalmente para a origem espanhola (79,8%) e argentina (2,0%).