Caminho do Itupava terá centro de atendimento em Quatro Barras
(Ascom/Quatro Barras)
No dia 19 de dezembro foi lançada a pedra fundamental de um moderno centro de atendimento ao visitante que atenderá os turistas que, a cada ano, afluem em maior número à grande atração turística e histórica. O novo receptivo é fruto de um projeto inovador idealizado pela Prefeitura de Quatro Barras, em parceria com o Governo do Estado do Paraná. As obras somam mais de R$ 600 mil em investimentos e vão garantir a construção de um moderno centro de atendimento ao turista, com acervo histórico e arqueológico; auditório com capacidade para grupos de até 40 pessoas; bicicletário; estandes de produtos para venda e consumo; além de toda a infraestrutura para receber o visitante, como sanitários e estacionamento.
Também está previsto no projeto urbanístico um posto de controle para armanezar equipamentos de brigadas contra incêndios. Os recursos provêm do Governo do Estado e tem contrapartida da Prefeitura.
O secretário de Governo e biólogo, Leverci Silveira Filho, diz que a consolidação do projeto é fruto de várias etapas anteriores. “Foi um extenso trabalho, que já começou muito antes, com a resolução de questões de ordem fundiária e investimentos de quase R$ 1 milhão na melhoria da infraestrutura de acesso, na desapropriação das áreas, nos projetos, na topografia”, afirmou.
Caminho do Itupava
Quando foi criado, o caminho era utilizado por caçadores de índios, garimpeiros de ouro e povoadores dos campos de Curitiba que aproveitavam as trilhas indígenas para conectar a capital ao litoral. Por quase 250 anos, o Caminho do Itupava foi a principal via de comunicação entre os dois locais – foi somente em 1873, com a abertura da estrada da Graciosa e 12 anos depois, com a efetivação da Estrada de Ferro Paranaguá – Curitiba, que o caminho caiu em desuso.
A extensão original do trecho tinha aproximadamente 55 quilômetros – o caminho partia do Largo Bittencourt – onde hoje está o Círculo Militar do Paraná, passando pela Borda do Campo, em Quatro Barras, atravessando a Serra do Mar, até chegar em Porto de Cima, em Morretes. As tropas desciam o caminho carregadas de erva-mate, fumo, carne seca, couros e cereais. Hoje o percurso tem cerca de 16 km, e leva aproximadamente 6h30 – sem contar as paradas para descanso ou para fazer um lanche, de acordo com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Durante o caminho você passa por trechos calçados com pedras, cruza o trilho do trem, passa pelo meio da mata da serra do mar e desce durante quase todo o tempo. Prepare seus joelhos. Entre os principais atrativos estão a Casa do Ipiranga, a Roda D’Água e o Santuário do Cadeado – além da flora e fauna da Mata Atlântica.
Durante o trajeto é possível avistar mais de 300 espécies de pássaros, além de passar por pontes, passagens pelo meio do rio e em meio à Mata Atlântica preservada. Quase todo o percurso é pavimentado e as pedras foram colocadas por