Campus de Rondon promove atividades de prevenção à violência sexual infanto-juvenil
(Unioeste)
O dia foi o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi escolhida porque, em 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade que foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade, permanecendo impune até os dias de hoje.
Por conta das graves violações aos direitos de crianças e adolescentes que continuam acontecendo em nosso país, foi instituída também a campanha do Maio Laranja, que visa informar, sensibilizar e combater essa forma de violência.
O NEDDIJ (Núcleo de Estudos em Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) do campus de Marechal Cândido Rondon, está desenvolvendo ao longo desse mês diversas atividades a respeito da campanha Maio Laranja nas escolas do município e em capacitações aos profissionais que atuam diretamente com o público infanto-juvenil.
Carla Esquivel, professora do curso de Direito e coordenadora do NEDDIJ, relata que sua equipe pedagógica está realizando nas escolas do município de Marechal Cândido Rondon atividades lúdicas para ensinar as crianças sobre as partes do corpo que podem ou não ser tocadas.
Essa semana também foi organizada pelo NEDDIJ uma palestra intitulada “Violência Sexual 360º” com a presença da doutora Kátia Kruger, promotora de justiça da Vara da Infância e da Juventude na Comarca de Toledo/PR e autora do Projeto “Pacto pela Criança – Tributo à Cidadania”, a capacitação teve como público-alvo a Rede de Proteção da Infância e da Juventude da comarca de Marechal Cândido Rondon (compreendendo os municípios de Quatro Pontes, Entre Rios d’Oeste, Nova Santa Rosa, Mercedes e Pato Bragado).
A formação também contou com a palestra da assistente social Jéssica Tebaldi, do CREAS de Guaíra, que apresentou à Rede Municipal de Educação as formas de violência, os sinais e os sintomas que as crianças podem apresentar a respeito da violência sexual. Houve também orientações jurídicas sobre como proceder e denunciar os casos de abuso dos direitos das crianças e adolescentes.
A professora Carla reitera que as atividades do Maio Laranja continuarão sendo realizadas nas escolas até o final desse mês.