Clevelândia festeja com festival gastronômico o 132º aniversário

(da Redação)
Um dos mais tradicionais municípios paranaenses, Clevelândia vai comemorar 132 anos de emancipação no dia 28 de junho. Acontecerá na cidade o II Festival Gastronômico, que se estenderá de 23 a 30 de junho. Serão oferecidos uma diversidade de pratos, como pizzas, lanches, hamburgueres, sushi, shawarma, além de bebidas.
O II Festival Gastronômico, desenvolvido pela Administração Municipal, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, tem o objetivo de movimentar e aquecer o comércio local, oferecendo um valor único e acessível para todos (R$ 49,90).
Clevelândia foi desmembrado de Palmas, tem uma área territorial de 702 km2, está a 960 metros de altitude e é sede de Comarca. Conforme dados do Ipardes, são plantados ali 39.300 hectares de soja, 22.500 de feijão, 14.500 de milho, 3.000 de trigo, além de aveia, mandioca, erva-mate, uva, laranja. As produções de leite e ovos de galinha são expressivas.
A cidade oferece uma série de atrativos, como belas paisagens, um dos climas mais frios do Paraná, 3 belos parques ambientais, a igreja de pedra de Nossa Senhora da Luz. Está em projeto a expansão do perímetro urbano, que busca incentivar o desenvolvimento turístico, ecológico e rural. Prevê-se a possibilidade de implantação de condomínios residenciais rurais nos arredores do rio Chopim, promovendo-se assim o lazer, a recreação, a pesca, esportes náuticos. Esses conjuntos de casas de veraneio poderiam ser edificados próximos de despraiados, cachoeiras e cascatas, alagados e parques ambientais.
HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CLEVELÂNDIA
(Prefeitura de Clevelândia)

Desde o século XVII, sabia-se da existência de extensos campos ao sul do Iguaçu, separados de Guarapuava por um sertão de poucas léguas de largura à margem daquele rio. As primeiras penetrações nos Campos de Bituruna, hoje Campos de Palmas, ocorreram quando as bandeiras paulistas tentavam atingir as regiões de Goyo – En (rio Uruguai) e citam o ataque das Missões do Uruguai. Em 1.759, ao proceder-se à demarcação da fronteira, eram evidentes os sinais do domínio português na região de Palmas. Várias expedições foram organizadas com o objetivo de explorar o território e descobrir um caminho que ligasse aos campos de Guarapuava com o norte do Rio Grande do Sul.
Em 1.839 as bandeiras de Joaquim Ferreira das Santos e Pedro de Siqueira Cortês, oriundas de Guarapuava, penetraram no sertão e alcançaram os campos de Palmas, dando início à fundação de fazendas. A disputa pela primazia do local conquistado trouxe a desarmonia entre os dois grupos, havendo, então, a necessidade de um árbitro para demarcar as terras de cada um. A 28 de maio de 1.840, chegaram ao lugar da contenda dois árbitros, Dr. João da Silva Carrão e José Joaquim Pinto Bandeira, vindos de Curitiba. As terras em litígio foram divididas pelo Ribeiro Caldeiras: as de Pedro Siqueira Cortês para o oeste (Alagoas ou lagoa) e as de Joaquim Ferreira dos Santos para o leste (Arranchamento velho).
Dois fatores dificultavam grandemente os esforços dos primitivos ocupantes do lugar. De um lado, a pretensão argentina de estender os limites de seu domínio territorial; de outro, a hostilidade permanente dos indígenas. Em 1.895, foi resolvida a questão das Missões, graças à arbitragem do então Presidente da República dos Estados Unidos da América do Norte, Grover Cleveland, que reconheceu como território brasileiro a vasta região dos campos de Palmas.
O povoamento dos campos de Palmas de Baixo, onde hoje se localiza o Município de Clevelândia, data da época da Guerra do Paraguai, quando foi destacada uma força de Guarda Nacional para guarnecer a fronteira. Com o prolongamento da Guerra, os alojamentos provisórios das praças transformaram-se em habitações permanentes, as quais foram aumentando e dentro de alguns anos constituíram o arraial.