Como fazer turismo em Lidianópolis

Quer sentir o bucolismo e a simplicidade de uma pequena cidade do interior, com suas belas paisagens rurais, as extensas plantações. Quer comer peixe às margens da segunda maior bacia hidrográfica do Paraná, que tem uma área de 36.5897 km2? Então peque a estrada, vá até Apucarana e, 65 quilômetros depois, você estará em Lidianópolis – mais 9 km no distrito de Porto Ubá, nas margens do rio Ivaí.

Lidianópolis comemora 28 anos de emancipação (de Jardim Alegre) no dia 5 de junho. Dos 5 mil habitantes do município, só 2 mil vivem na área urbana. A cidade é bem arborizada, tem na Igreja Matriz o seu cartão-postal. Os moradores dizem que “é um bom lugar para se viver”.

O edifício da Prefeitura é moderno. Na área rural, com a fertilidade da terra vermelha, planta-se de quase tudo, sobressaindo soja, milho, aveia, trigo, tomate, uva. E criações de aves e bovinos.

Porto Ubá

A 9 km do centro urbano, está o distrito de Porto Ubá, margens do rio Ivaí. O local está indicado pela rota de turismo Vale da Aventura como ideal para a gastronomia de peixes e pescas e passeios no rio Ivaí. Essa rota pode ter 195 km (ou 255 com um trecho alternativo) e tem a duração de 5 dias para carros ou motos. Os pescadores só não podem pescar profissionalmente e também o dourado, cuja pesca está proibida por 8 anos. Mas tem ali jundiá, lambari, jaú, surubin, pintado, pacu, corimba.

No local, funciona um restaurante e lanchonete, onde o peixe é atração do cardápio. No Porto Ubá, funciona a sede da colônia de pescadores, tem escola, posto de saúde.

A preocupação com a poluição do rio é tanta que foi formada no município uma Patrulha Ambiental que, seguidamente, está promovendo ações de limpeza e conscientização. Uma vez por ano, é promovido o Arrastão Ecológico do Rio Ivaí. Este ano, em setembro, deve ser realizada a 15ª. edição. Estão envolvidos no processo o 3º Pelotão da Polícia Militar Ambiental de Apucarana, Patrulha Ambiental, Polícia Rodoviária, Prefeitura, Câmara de Vereadores, Instituto Ambiental do Paraná, Colônia de Pescadores, Emater, alunos, professores.

Num dos arrastões, foram apreendidos cerca de 1,5 mil metros de rede e coletados em torno de 2 mil quilos de lixo às margens do rio, trecho que passa por Ivaiporã, Jardim Alegre, Grandes Rios e Lidianópolis. Foram anotadas também irregularidades com a pesca amadora.

Sempre em fevereiro, é realizada a Festa de Nossa Senhora de Navegantes, promoção da Paróquia de Lidianópolis e colônia de pescadores.

História

Para que você não fique por fora da história de Lidianópolis, saiba que o nome foi dado em homenagem à mãe de José Caetano Marques, a sra. Lídia Marques.Ele tinha adquirido em 1950 um lote de terras, planejando a implantação de um povoado.

A colonização regional, entretanto, teve muita violência. Em 1929, os irmãos Bráulio e Leovegildo Barbosa Ferraz adquiriram da viúva Landisberg toda a área entre os rio Ivaí e Corumbataí, denominada de fazenda do Ubá, de 84.000 alqueires. Ao assumir o governo em 1930, Getúlio Vargas promoveu a tomada das terras em poder de grileiros e a fazenda Ubá de documentação duvidosa voltou ao poder do estado. A sociedade territorial de Ubá entrou na justiça para reaver suas terras. Essa demanda só terminou depois de 1945 com a saída de Vargas do poder, sendo vencida pela sociedade Ubá. A partir de 1940, muitos posseiros, que obtinham junto ao estado um protocolo de posse, chegavam, demarcavam uma área e se declaravam donos de tal área. Mas em 1946, os irmãos Barbosa, tendo ganho a questão judicial, imediatamente se mobilizaram para evitar novas invasões, coibindo a entrada de novos posseiros através da ação de jagunços. Após quatro ou cinco anos de serviços, tendo legalizado a situação das terras, eles foram beneficiados pela companhia com um grande lote de terras cada um. Com a chegada da família do senhor Lázaro Pedro de Lima, nas margens do rio Ivaí, tendo construído uma balsa para transportar mercadorias, inicia-se colonização.

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