Entram em operação quase 890 km de Linhas de Transmissão de energia

Foi autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) a operação de quase 890 km de linhas de transmissão de energia que cortam os Estados do Paraná e São Paulo. Esse total é dividido em quatro empreendimentos que pertencem à empresa Mata de Santa Genebra Transmissão – constituída por Copel GT (50,1%) e Furnas (49,9%).

Os novos circuitos vão operar em 500 kV e reforçam de forma significativa a interligação entre as regiões Sudeste e Sul para atendimento de dois grandes centros de carga – Curitiba e São Paulo, inclusive com a energia proveniente das usinas Santo Antônio e Jirau, instaladas no rio Madeira, em Rondônia, e Belo Monte, a maior hidrelétrica brasileira, localizada no rio Xingu, no Pará.

Com a licença ambiental, a linha de maior extensão, que tem 417 km e liga as subestações Itatiba (SP) e Bateias (PR) iniciou a operação comercial nesta sexta-feira (6).

Essa linha de transmissão é responsável por 33% da receita anual da empresa Mata de Santa Genebra e é uma das redes mais extensas do país. Sua construção exigiu a instalação de 872 torres metálicas ao longo do traçado que passa por 27 municípios – sete no Paraná e vinte em São Paulo.

Um segundo trecho com 222 km, entre as subestações Araraquara 2 (SP) e Itatiba (SP), também já passou por testes de comissionamento e será liberado para operação até o final de março.

Mata de Santa Genebra

Em 11.12.2013 foi constituída a SPE MATA DE SANTA GENEBRA TRANSMISSÃO S.A. – MSG, composta por Furnas (49,9%) e COPEL (50,1%), responsável pela implantação da LT 500 kV Itatiba – Bateias – 399 Km; LT 500 kV Araraquara 2 – Itatiba – 207 Km; SE Santa Bárbara D´Oeste 440 kV – Compensador Estático (-300,+300) Mvar, SE Itatiba 500 kV – Compensador Estático (-300,+300) Mvar; LT 500 kV Araraquara 2 – Fernão Dias – 241Km;  SE 500/440 kV Fernão Dias (9+1R) x 400 MVA, objeto do Leilão de Transmissão nº 007/2013 – ANEEL, realizado em 14.11.2013.

A Mata de Santa Genebra Transmissão S.A. (MSG) figura entre os três maiores empreendimentos de transmissão do Brasil. Do ponto de vista sistêmico, as instalações da MSG revestem-se de interesse público relevante, na medida que permitirão o escoamento, para as regiões Sudeste e Sul, da energia proveniente dos maiores projetos de aproveitamento de energia hidroelétrica em implantação no Brasil, a saber: Complexo do Rio Madeira (UHE Santo Antônio e Jirau), Complexo do Rio Teles Pires (UHE Teles Pires, SINOP, São Manoel e Colider) e Rio Xingu (UHE Belo Monte). Constitui-se, portanto, de instalações estratégicas que permitirão o intercambio energético entre as regiões Norte-Nordeste com as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Linhas de Transmissão

 O empreendimento é composto por aproximadamente 890 km de Linhas de Transmissão, segregadas em cinco projetos:

(a) LT 500kV Itatiba – Bateias, com 414 km, interligando a região metropolitana de Curitiba, PR com a região metropolitana de Campinas, SP;

(b) LT 500kV Araraquara 2 – Itatiba, com 222 km, e;

(c) LT 500kV Araraquara 2 – Fernão Dias, com 249 km, interligando a região metropolitana de Campinas, SP com a região central do estado, na cidade de Araraquara;

(d) Seccionamento LT 500kV Campinas – Cachoeira Paulista, com 4,3 km, interligando a Subestação Fernão Dias com a Linha de Transmissão 500kV Campinas – Cachoeira Paulista;

(e) Seccionamento LT 440kV Bom Jardim – Taubaté, com 0,9 km, interligando a Subestação Fernão Dias com a Linha de Transmissão 440kV Bom Jardim – Taubaté.

Subestações

 O escopo do empreendimento compreende ainda a construção e ampliação de cinco importantes subestações, sendo elas:

(f) Subestação Santa Bárbara d’ Oeste (SE SBO): Instalação de Equipamento Compensador Estático de Reativos (-300/+300) MVAr e demais conexões;

(g) Subestação Itatiba (SE ITT): Instalação de Compensador Estático de Reativos (-300/+300) MVAr e demais conexões;

(h) Subestação Fernão Dias (SE FDI): Construção integral da subestação em 500/440/13,8 kV, (9+1R) x 400MVA, das instalações necessárias as funções de medição, supervisão, proteção, comando, controle, telecomunicações e demais instalações;

(i) Subestação Araraquara 2 (SE ARA2): Ampliação composta por entrada de linha, interligação de barramentos e demais equipamentos para integração das LT’s Araraquara 2 – Itatiba e Araraquara 2 – Fernão Dias com a Subestação Araraquara 2;

(j) Subestação Bateias (SE BTA): Ampliação composta por entrada de linha, interligação de barramentos e demais equipamentos para integração da LT’s Itatiba – Bateias com a Subestação Bateias.

 Os Compensadores Estáticos de Reativos (CER) instalados nas subestações de Santa Bárbara d’ Oeste e Itatiba, são os equipamentos na classe de maior potência do Sistema Interligado Nacional (SIN) brasileiro.

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