Irati será pioneiro em transformar lixo domiciliar em madeira biossintética
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Um empreendimento que vai significar enormes dividendos ecológicos e comerciais está sendo implantado em Irati, com a emissão da Licença Prévia do Instituto Ambiental do Paraná – IAP. O município deverá ser o primeiro do Paraná a transformar 100% do seu lixo domiciliar em madeira biossintética, graças à tecnologia da empresa Ekological Technologies, de Novo Hamburgo, RS e ao empreendedorismo da Atena Engenharia Industrial, do Rio de Janeiro (fundada em 1988). A Ekological trabalha há mais de 20 anos na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias ecológicas para transformação de resíduos sólidos urbanos e industriais em produtos de alto valor comercial.
A empresa carioca atendeu a chamado público da Prefeitura feito em 2018. Um contrato foi assinado, com a aprovação da Câmara Municipal, com vigência de captação de resíduos de 30 anos, prevendo-se o aproveitamento de 50 toneladas/dia de lixo, meta que pode ser ampliada, inclusive estendendo-se o processo para todos os municípios que constituem a AMCESPAR – Associação dos Municípios do Centro-Sul do Paraná. A inovação evitará o aterro sanitário, além de gerar empregos (cerca de 50 diretos e 200 indiretos) e resultar na produção de material de excelente valor comercial.
Assim que instalada, a Atena converterá o lixo domiciliar captado no município em um produto granulado, inodoro e esterilizado, o Composto Biossintético Industrial (CBSI). Através de extrusão, é moldado em formato de chapas com aspecto e consistência de madeira, de alto valor comercial. Com ela podem ser confeccionados decks, assoalhos, móveis de todos os tipos, containers, caixas e pisos/revestimentos diversos, até aplicações mais complexas como casas pré-fabricadas, igrejas, escolas, creches e postos de saúde.
A Ekological Technologies garante que uma tonelada de CBSI – composto biossintético industrial- produz 1 m3 de madeira biossintética, ou 35.200 litros de diesel biossintético, ou, ainda, 100 toneladas de adubo bio-orgânico, ou 59 toneladas de carvão biossintético. Já 100 toneladas geram 150 megawatts de energia elétrica.