Lapa: 250 anos de muita História e muitas belezas

No dia 13 de junho, a Lapa vai comemorar 250 anos de fundação. Vai haver uma grande festa na Praça General Carneiro com diversas atrações, todas gratuitas. Presidida pelo vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Econômico Joacir Gonsalves, a programação se estenderá por 5 dias. Uma grande estrutura tipo pavilhão alto cobrirá a rua lateral da Igreja Matriz de Santo Antonio até o palco, proporcionando maior conforto aos participantes mesmo com chuva. Também serão instalados módulos de arquibancada móvel para ampliar a capacidade de público no local. Além das atrações já confirmadas, a Comissão prepara também pequenos festivais com a participação de talentos locais. A Paróquia de Santo Antônio da Lapa organiza a praça de alimentação, com grande diversidade de produtos e novamente um espaço especial dedicado à Coxinha de Farofa, produto típico lapiano. Para os shows, estarão presentes Os Monarcas, João Bosco e Vinícius, Bia Socek, Banda New York, Rafa Gomes, Lucas Lucco.

A Lapa

Cidade das mais tradicionais do Paraná, a Lapa tem o centro histórico muito bem cuidado. Não há postes de eletricidade nas ruas e alamedas e as casas antigas estão muito bem preservadas. Dá para caminhar admirando as muitas atrações  – prédios históricos, monumentos, restaurantes com pratos típicos dos tropeiros, padarias e confeitarias com coxinha de farofa, roscas, sequilhos, bolos de polvilho. A cidade se orgulha do seu passado, especialmente do Cerco da Lapa, ocorrido há 125 anos – metade da idade do município. Foi uma batalha que durou 26 dias durante a Revolução Federalista em 1894. Os lapeanos receberam a tarefa de frear o avanço dos sulistas maragatos que estavam sob a direção do general Gumercindo Saraiva e que já haviam tomado Curitiba. Para tanto, a cidade recebeu o mineiro General Carneiro, que comandou um exército local formado em sua maioria por civis que lutaram bravamente durante 26 dias até terem que capitular. Apesar da derrota, como a batalha durou tantos dias, o exército republicano (pica-paus) pode ser organizar e derrotou mais tarde os maragatos. Há referências do cerco nos museus da cidade e a Lapa se orgulha muito deste episódio do seu passado.

Principais atrações

Parque Estadual do Monge – Gruta do Monge

O Parque foi criado pela lei nº 4170, de 1960 e pelo decreto nº 8575, de 1962. Possui uma área de 371,6 hectares, de mata atlântica sendo considerado uma reserva de Patrimônio Natural de significativo valor para o município da Lapa. Ladeada por significativa vegetação, além de quedas d’água, e uma fonte de água considerada milagrosa, é equipado com canchas de voleibol, churrasqueiras, lanchonete, restaurante e instalações sanitárias.

Uma de suas principais atrações é a Gruta do Monge. Local de peregrinação religiosa atrai milhares de fiéis. Neste espaço, viveu por algum tempo o Monge João Maria D’Agostinis, que se dedicava ao estudo das plantas da região, medicava enfermos, realizava profecias e fazia orações, razão pela qual é procurado e visitado por grande número de pessoas que buscam neste local, a cura para seus males. Isto justifica a presença de milhares de ex-votos e romeiros, movidos pelos fenômenos extraordinários evidenciados pelo poder da fé.

Chega-se à Gruta por uma extensa escada em pedra, próxima ao Mirante, que desce a uma fonte de água pura. Uma das trilhas que tem início neste espaço leva à “Pedra Partida” grande salão feito de pedra com uma fenda, ocorrido através do desgaste da pedra ao longo de milhares de anos.

O acesso ao parque se dá pela Avenida Getúlio Vargas, toda pavimentada num percurso de 3,5 km da cidade até o parque. No alto da elevação, quase na entrada do parque, ao lado direito está o mirante do Cristo, abençoando a cidade e, ao lado esquerdo a Hípica Jorge Sera, em cancha reta de 500m com quatro pistas, atraindo admiradores do turfe de diferentes regiões para a prática deste esporte bem como competições regionais.

Parque Estadual do Passa Dois

São 255 hectares reflorestados com espécies exóticas e vegetação nativa, sendo que a área se caracteriza pelo programa de reintegração de fauna com a criação de capivaras, onde o visitante pode observá-las bem como seus hábitos e costumes. Acesso pela Rodovia BR 476 distando 10 km do centro.

Eco-Parque da COHAPAR

Possuindo uma área de 24.250 metros, esse local vem sendo destinado à recuperação e revitalização de área pública municipal para a conservação da natureza com opções de recreação e lazer, vindo a contar com bancos e mesas para lanches e descanso, mesas com tabuleiros de xadrez e damas e um parque infantil em madeira. Localiza-se a 2 km do centro da cidade, no bairro da Cohapar I.

Igreja Matriz de Santo Antonio

Construída entre 1769 e 1784 é dedicada à invocação de Santo Antônio, Padroeiro da cidade. Seu estilo é colonial português simples, com arcos abatidos e portados em cantaria, sendo seu interior sóbrio e acolhedor, contendo imagens do século passado, de procedência européia, além dos túmulos dos heróis da República, General Carneiro, Coronel Cândido Dulcídio e Amintas de Barros. É o marco arquitetônico mais antigo da cidade, sendo tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1938.

Permite-se tirar fotos na parte interna da Igreja. Localiza-se na Praça General Carneiro.

Horário de visitação: diariamente das 8h às 17h.

Santuário de São Benedito

Construído no ano de 1947, onde estava antigamente, uma capela erigida por escravos por volta de 1870. Seu estilo é moderno e simples, e conserva a primitiva imagem de São Benedito. Nesta Igreja, tem-se o hábito de realizar a Festa de São Benedito, no domingo que antecede o Natal. É permitido fotografar seu interior e não há taxa de visitação. Localiza-se na Praça São Benedito.

Horário de visitação: diariamente das 8h às 17h.

Casa da Câmara e Cadeia – Museu de Armas

Foi a primeira casa de detenção da cidade, construída na metade do século XIX e inaugurada em 1868. O plano para a construção da obra da cadeia foi feito em 1829, mas somente onze anos mais tarde, em 1848 foi dado início à obra, que foi inaugurada quase trinta anos após sua edificação.

Como em Portugal, também no Brasil o imóvel de arquitetura luso-brasileira, simbolizava a autonomia municipal sendo visitado por D. Pedro II em 1880.

A parte inferior da obra foi utilizada como cadeia a partir de 1862. Abrigou ainda o 13º regimento da Cavalaria da Guarda Nacional, Museu e Escola Normal Novo Ateneu, sofrendo inúmeras descaracterizações. Posteriormente, passou por um processo de restauração com o objetivo de resgatar a arquitetura original, sendo tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O museu começou a ser projetado em 1972 e inaugurado dois anos mais tarde, com o interesse de abrigar o acervo particular de armas referente à Revolução Federalista de 1894. Com acervo variado, entre armas e objetos antigos, conserva ainda armas utilizadas na Primeira e Segunda Guerra Mundiais.

Atualmente em seu andar superior está a Câmara de Vereadores, e no pavimento térreo, desde 1993, o Museu de Armas. Localizada na Alameda David Carneiro. Possui livro de registro e permite o uso de máquina fotográfica. Horário de visitação: diariamente das 9h às 17h.

Casa Lacerda

O museu Casa Lacerda segue as normas do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Imóvel de estilo luso brasileiro, com cobertura de duas águas, demonstrando como vivia uma família de classe média no século passado . A casa foi construída entre os anos de 1842 a 1845 pela família Lacerda.

Na década de 1920 foram realizadas algumas adaptações internas as quais não chegaram a descaracterizá-lo. Durante a Revolução Federalista de 1894, serviu como quartel da Segunda Brigada. Neste solar foi assinada a Ata de capitulação da Lapa. Esse fato Histórico motivou o tombamento do imóvel em 1938. Para fotografar a parte interior da casa é necessária a permissão do IPHAN. Localiza-se na Rua XV de Novembro

Horário de visitação: de terça-feira a domingo das 9h às 11h30 e das 13h às 17h

Casa Vermelha – Centro de Artesanato Aloísio Magalhães

Embora não se saiba exatamente a data de construção desta casa, presume-se, por suas características arquitetônicas luso-brasileiras, tratar-se de uma das mais antigas moradias da Lapa, provavelmente erguida na primeira metade do século XIX.

Construção adquirida pela Prefeitura Municipal em 1982 foi restaurada pelo Governo Federal passando a chamar-se Centro de Artesanato Aloísio Magalhães. Permite se fotografar seu interior, porém, não é permitido tocar nos objetos pertinentes ao museu e o artesanato. Localizada na esquina das Ruas Barão do Rio Branco e Hipólito de Araújo.

Horário de visitação: terça-feira a sábado, das 9h às 17h.

Casa de Ney Braga (Memorial)

Esta casa em estilo luso – brasileiro, sem eira nem beira, foi construída pela família Resende por volta do ano de 1880. Em suas paredes e janela podem ser vistas as marcas deixadas por projéteis disparados durante a Resistência Federalista em 1894.

Em suas instalações nasceu Ney Amintas de Barros Braga. Em 1978, essa construção foi adquirida pela Prefeitura Municipal e restaurada no ano seguinte, sendo entregue à população em outubro de 1979, já abrigando a Biblioteca Pública Lapiana. Foi tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual.

Atualmente, com a transferência do acervo da biblioteca, a casa esta passando por um processo de implantação do Memorial Ney Braga. Localiza-se na Rua Westphalen, esquina com a Rua Coronel Francisco Cunha – Centro Histórico.

Casa da Memória

Construída em 1888, recebeu este nome por ter em sua fachada 10 cavalos com asas. Isso se deve ao fato de seu primeiro dono ter sonhado com cavalos alados e ganho o prêmio máximo da loteria imperial.

Posteriormente, a casa dos cavalos alados foi adquirida e restaurada pela Prefeitura Municipal, com o objetivo de manter e conservar os documentos e objetos históricos da cidade. Localiza-se na Praça Joaquim Lacerda – Centro Histórico

Horário de visitação: diariamente 9h às 17h.

Theatro São João

O edifício se constitui em uma das mais preciosas peças arquitetônicas do acervo edificado na Lapa. Com capacidade para 212 expectadores, possivelmente foi inaugurado em 1876, em arquitetura neoclássica, do qual o autor do projeto foi o Engenheiro Civil Dr. Francisco Therézio Porto. Esta construção sofreu três restaurações respectivamente em 1929, 1950 e em 1976. Foi tombado pelo Patrimônio Histórico do Paraná em 1969 e pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1984.

Recebeu a visita histórica do Imperador D. Pedro II, em junho de 1880 e, em 1894, durante o Cerco da Lapa, episódio da Revolução Federalista, funcionou como hospital e enfermaria.

O Theatro São João devido às arcadas dos camarotes, tem sido, ao longo dos últimos anos erroneamente classificado como de “estilo elizabetano”. A classificação tipológica de um espaço cênico, porém, é estabelecida em função das características de seu palco que, no caso deste teatro segue a tradição italiana.

Trata-se do último exemplar desse tipo de construção no Paraná a guardar suas características originais. Tel. (0xx41) 3547-8068. Localiza-se na Praça General Carneiro.

Horário de visitação: diariamente das 9h às 17h.

Prefeitura Municipal da Lapa

Construção do fim do século XIX, com sua arquitetura influenciada pelo moderno estilo europeu, já foi sede da Câmara Municipal e serviu também como posto telefônico na cidade. Atualmente, abriga a sede do Poder Executivo do Município.

Foi erigido em 1890 para abrigar uma escola pública através de oferta de 5000 réis feita por D. Pedro II, em 1880, por ocasião de sua visita à Lapa. O primeiro ginásio (Novo Ateneu) da Vila Nova do Príncipe teve como primeiro professor Pedro Fortunato de Souza Magalhães. Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional. Tel. (0xx41) 3547-8000. Localiza-se na Praça Mirazinha Braga.

Museu do Tropeiro

Instalado na Casa Vermelha, o Museu ocupa dois cômodos deste imóvel. C riado pela Prefeitura Municipal em parceira com a União dos Tropeiros da Lapa é um importante espaço cultural, que com seu acervo resgata o movimento tropeirista dos tempos do Caminho do Viamão, ligando o Rio Grande do Sul a São Paulo e que deu origem a diversas cidades paranaenses. Um destes pousos foi a Lapa, que pela sua boa vegetação, clima e água, era denominada “país dos Tropeiros”.

Pelas ruas, na cultura, usos e costumes do seu povo e agora no museu, revive-se esta importante etapa da história paranaense. Tel: (0xx41) 3547-8032. Localiza-se à Rua Barão do Rio Branco esquina com a Rua Hipólito Alves de Araújo.

Horário de visitação: diariamente das 9h às 17h.

Pantheon dos Heroes

Obra de inestimável valor histórico edificada em 1944, por ocasião do cinqüentenário do “Cerco da Lapa”, onde descansam os que tombaram na resistência dos federalistas de 1894 como o General Gomes Carneiro e seus bravos companheiros combatentes. Em seu exterior, dois canhões Krupp testemunham a heróica batalha. Ainda em seu exterior está uma placa comemorativa do cinqüentenário do “Cerco da Lapa”, onde está gravada a planta da cidade com ruas trazendo suas antigas e atuais denominações e as localidades onde aconteceram as principais batalhas.

Traz ainda o depoimento de um ex-combatente. Os heróis são vigiados por uma guarda de honra. Aberto a visitações. Localiza-se no centro da Praça Joaquim Lacerda, próximo à Praça da Matriz.

Monumento ao Tropeiro

O tropeirismo, atividade que deu origem à cidade é, ainda hoje, uma característica inerente ao lapeano. Exemplo disso é a atual Avenida Manoel Pedro, ainda para muitos a Rua das Tropas. Vigiando a entrada da histórica cidade está o Monumento ao Tropeiro, painel em azulejos do artista Poty Lazzarotto, ressaltando a importância da Lapa na passagem das tropas que transitavam entre Viamão e Sorocaba.

Monumento a Gomes Carneiro

Mandado erigir pelo governo do Estado em 1928, à estátua em bronze, de autoria do escultor João Turim, está localizado na Praça do mesmo nome, é uma homenagem ao Comandante da resistência ao Cerco Federalista em 1894.

Monumento ao Barão dos Campos Gerais

Localizada na antiga Rua das Tropas, atualmente denominada Avenida Dr. Manoel Pedro, a qual possui 3 km de jardins e extenso calçadão, o monumento a David dos Santos Pacheco, Barão dos Campos Gerais é uma homenagem ao sertanista, tropeiro, fazendeiro e titular do Império, prestada pelo Instituto Histórico Paranaense. Em 1963 foram transladados para o local seus restos mortais e os da Baronesa dos Campos Gerais.

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