Marialva, capital da uva fina, festeja 68 anos de emancipação

Marialva é a Capital da Uva Fina do Paraná – e um dos maiores produtores do Brasil. Chegando na cidade, você não tem dúvida disso: um Monumento a Uva já dá o recado. Ele foi obra do artista cearense Gilberto Gomes Moura, tem 17,8 metros de altura, 9 metros de largura e 12 metros de diâmetro.

Pois essa cidade de solo generoso estará comemorando 68 anos de emancipação, fato ocorrido pela lei estadual 790 de 14 de novembro de 1951, sancionada pelo então governador Bento Munhoz da Rocha Neto. O desmembramento foi de Mandaguari.

Para comemorar, a Prefeitura, com apoio da Câmara de vereadores, elaborou uma programação especial. No dia 14 a partir das 8h30 haverá desfile cívico na Avenida Cristóvão Colombo. À noite, a partir das 20hs. haverá show com Brunno & Matheus na Praça da Concha Acústica. O ponto alto vai ser a realização da 23ª. Festa da Uva Fina, flores e hortaliças. Será no Parque da Uva Manoel Rantin. Será realizado também o 13º Rodeio.

Produção

Além das uvas finas, Marialva produz, conforme o Ipardes, cana-de-açúcar em 1.889 hectares, milho em 18.015, soja em 25.723, trigo em 7.000. Os parreirais ocupam 500 hectares. A produção leiteira é expressiva, como são importantes as de flores e hortaliças.

O parque industrial sedia algumas empresas importantes, como a unidade de farinha de trigo da Cocamar, a Vicentinos (acessórios poliméricos para redes de energia), lightsweet (adoçantes de stevia), Incoplast/Copobras (embalagens e copos plásticos), Arosul (peças para bicicletas), Cooperativa Agroindustrial dos viticultores Caviti, e outras. Produzem-se ainda móveis, peças de metais, embalagens de papelão, etc.

História

Texto da Prefeitura

A origem de Marialva está inserida em um processo de colonização do Norte do Paraná, no inicio da década de 1920. Na época, entrou em vigor uma política que dava permissão a empresas particulares de promoverem a reocupação da região, onde hoje se encontram as cidades de Londrina, Umuarama, Arapongas, Apucarana, Cianorte e Maringá, até então, habitada por indígenas e caboclos. Adquiridas por um grupo de investidores ingleses, liderados por Simon Joseph Grazer (mais conhecido como Lord Lovat), essa grande extensão de terras foi dividida em zonas e lotes e colocada à venda pela Companhia de Terras do Norte do Paraná (CTNP).

Atraídos pelos preços acessíveis e fugindo dos efeitos da Grande Depressão sobre a produção de café em São Paulo, muitos agricultores vieram para o território paranaense. Neste contexto, da expansão da cultura cafeeira, que se estabeleceram em Marialva os primeiros moradores, muitos descendentes de italianos e japoneses. O avanço dos cafezais resultou na abertura de estradas e no surgimento de vilas e cidade e aos poucos modificou a paisagem local. Em 1920, a população total do Norte do Paraná era de 72.627 habitantes. Os dados evidenciam que, vinte anos depois, a região atingiu uma densidade demográfica, cinco vezes maior.

Já em franco desenvolvimento, Marialva foi elevada a categoria de Distrito Administrativo de Mandaguari por meio da Lei nº 2, de outubro de 1947. Dessa forma, os representantes locais tiveram a oportunidade de participar politicamente, representando o distrito, na Câmara Vereadores da cidade vizinha. Das nove cadeiras disputadas, três foram ocupadas por candidatos marialvenses: Cariovaldo Andrade Ferreira, da União Democrática Nacional (UDN); Demétrio da Silva Braga, do Partido Social Democrático (PSD), que assumiu a segunda secretaria, e Francisco Silveira da Rocha, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); Este último foi o primeiro farmacêutico e o primeiro deputado da cidade. Em 25 de outubro de 1949, Rocha renunciou ao mandato de vereador para concorrer uma vaga na Assembleia Legislativa do Paraná. Eleito em 3 de outubro de 1950, Rocha teve uma atuação fundamental na emancipação política do município de Marialva e demais municípios da região.

O nome dado à cidade é uma homenagem ao cavalheiro português D. Pedro de Alcântara de Menezes Noronha Coutinho (1713-1799) – o “Marquês de Marialva”. O termo vem da língua ugarítica: “mhraby” significa “vigor paternal”; “vigor ancestral”. O decalque teria surgido da expressão “Maria Ave”, na Serra de Moura, em Portugal.

Prefeito, vice, vereadores

O prefeito atual é Victor Celso Martini, sendo vice Antonieta Bellinati. São vereadores: Wesley Araujo, Luciano da Silva Dario, Jefferson Marcelo Garbúggio, Marcio Marcelo Martins, Paulo Barbado, Josiane Luiz da Silva, Carlos Eduardo Filho, Onesimo Bassan, Ricardo Vendrame.

Passeios

Além da produção de uva, também é destaque no município o cultivo de flores. Há várias plantações para visitar: de órquídeas, de rosas, de cactos e suculentas, e de flores envasadas e pendentes. De diferentes espécies, formas e cores, elas garantem uma passeio cheio de beleza e perfume.

Conhecer o dia a dia de uma propriedade rural, saber mais sobre o processo de cultivo e beneficiamento de diferentes produtos agroindustriais e provar receitas deliciosas feitas com matéria-prima fresquinha vinda diretamente da natureza, estão no roteiro do passeio. Entre as culturas que o visitante vai conhecer, destacam-se a uva e o maracujá, que podem ser saboreados in natura ou na forma de sucos, doces e compotas.

Na Chácara Lino Antunes, os visitantes são recepcionados com um tradicional e farto café rural. No cardápio, apenas produtos oriundos da agricultura familiar e de sabor irresistível.

Prato típico

 O prato típico do município é porco à pururuca ao molho de uva, delícia que foi escolhida por meio de um concurso realizado na tradicional Festa da Uva. Além dele, a cidade oferece inúmeras opções de alimentação em restaurantes de destaque regional na culinária japonesa, churrascarias, pizzarias conceituadas, entre outros.

Cine-teatro

Centro cultural e de lazer da cidade, o Cine-Teatro Sonia Silvestre sedia apresentações artísticas, palestras, solenidades.

Please complete the required fields.
Digite seu nome, e-mail e a informação abaixo.