MSA lança treinamentos digitais de proteção contra quedas, detecção de gases e proteção respiratória
A digitalização das atividades, acelerada com a pandemia de Covid-19, tem impulsionado também o segmento de capacitação profissional. De um lado, as empresas que promovem as formações ampliam o público potencial, com os cursos remotos. De outro lado, esse público tem respondido à nova demanda.
Moradores do Norte e do Nordeste, respectivamente Magnun Augusto Gibson e Patrícia Brito, são dois exemplos que ilustram esse movimento. Ambos participaram, recentemente, de cursos em proteção e segurança no trabalho oferecidos por uma empresa situada em São Paulo, a MSA do Brasil. De suas casas, puderam ter aulas com instrutores renomados na área, o que não conseguiam fazer quando as atividades eram exclusivamente presenciais.
Os dois enalteceram a qualidade das aulas e a oportunidade que tiveram de, mesmo mediados por uma tela, aproximarem-se de conteúdos e pessoas dos mais variados perfis – e das mais diversas regiões do país.
Patrícia, da Bahia, fez um curso de proteção respiratória, com uma das referências no assunto, Maurício Torloni Filho. “Foi uma experiência maravilhosa. Uma estrutura muito boa, uma dinâmica muito boa de mediação de perguntas e respostas, material de qualidade. Foi uma experiência diferente. Impecável. E que só pude fazer porque foi on-line”, sublinha. Para ela, é uma modalidade de capacitação “que chegou para ficar”.
Por sua vez, Magnun, do Pará, participou de três cursos: o mesmo de proteção respiratória feito por Patrícia e, ainda, um de conceitos de detecção de gases e outro de fundamentos de proteção contra a queda. Ele revela que a experiência o fez quebrar uma reserva que mantinha com a modalidade à distância.
“Sou dos anos 1980 e, por consequência, adepto dos métodos de ensino tradicionais. Havia um certo repúdio de minha parte quanto a matérias em educação à distância, para ser bem sincero. Mas, com o advento da pandemia, houve uma necessidade de adaptação inexorável, e precisei ceder”, declara.
E Magnun conta que não se arrependeu. Pelo contrário. “Fiquei surpreso e feliz com a qualidade do curso, tive um bom desempenho”. Para o profissional, o fato de os cursos terem transmissão em tempo real, possibilitando a interação com o instrutor, é um diferencial das capacitações em modo remoto. “Foram cursos de alto nível, com a qualidade do presencial, e isso me deixou satisfeito.”
O gerente de Treinamentos da MSA do Brasil, Henrique Inácio, explica que, com as restrições impostas pela pandemia, adequações foram feitas e hoje a empresa constata que os casos como o de Magnun e Patrícia são recorrentes: trabalhadores que encontraram na capacitação remota uma forma viável de requalificação e recolocação profissional. A MSA é fornecedora de equipamentos e preparação profissional em segurança para bombeiros, construção civil, mineração, extração de petróleo e gás, serviços como energia e telecomunicações e indústria de modo geral.
Antes exclusivamente presenciais, os treinamentos eram voltados basicamente a empresas e profissionais do Grande ABC e da Grande São Paulo (a MSA tem sede no Brasil em Diadema). Com a migração dos cursos para a modalidade remota, os eventos passaram a contar com profissionais oriundos de várias partes do país, e de empresas e atividades para além da região metropolitana da capital paulista.
“Como treinador, podemos citar o Maurício Torloni Filho, especialista em proteção respiratória e reconhecido nacionalmente no tema. Hoje, podemos tê-lo conosco compartilhando conhecimento com participantes de todo o país”, afirma Inácio, que acrescenta: “Conseguimos treinar profissionais de grandes empresas fora de São Paulo, tais como Solstad, Coim Group, Unimed, Fiemg, CMPC, ArcelorMittal e Helix”.
O gestor da MSA do Brasil cita alguns números, ilustrando como a transformação digital pela qual diversas atividades passaram a partir da pandemia também alcançou a área de treinamentos em proteção e segurança do trabalho. Em 2020, foram três cursos, com 12 turmas e mais de 220 participantes. Neste ano, no primeiro semestre, já foram quatro turmas, em dois cursos distintos, e com 63 participantes (detalhes no box ao final da matéria).
Henrique ressalta que os treinamentos remotos não substituem, de forma alguma, a importância e a necessidade das atividades presenciais para treinamentos de segurança. Muitas práticas precisam ser feitas em campo, nas linhas de produção ou nos lugares em que o exercício técnico e profissional ocorre. Contudo, enquanto as restrições persistem em função da pandemia, os cursos têm enfatizado conceitos cujo aprofundamento representa ganho importante de conhecimento para as práticas de prevenção e segurança.
“Os alunos estão encontrando novas possibilidades de aperfeiçoamento profissional ou mesmo de aquisição de novos conhecimentos. Identificaram que os treinamentos remotos, como os que estamos oferecendo, se tornaram oportunidade de ter aulas com instrutores especializados, reconhecidos no mercado em todo o território nacional. É uma forma de aprimorar sua carreira e, para alguns, de recolocação no mercado”, observa o executivo da MSA do Brasil.
Ele lembra que, quando a pandemia de Covid-19 foi declarada, em março de 2020, houve um baque. A empresa foi atrás de novas formas de continuar atuando como fornecedora de prevenção e segurança, adequando-se às circunstâncias impostas. “Já em abril fechamos parceria e em maio oferecemos, pela internet, quatro semanas de treinamentos específicos sobre proteção respiratória em conjunto com a equipe de marketing. Tivemos centenas de participantes por sessão”, recorda.
Dado o êxito, o passo seguinte foi, então, consolidar o modelo experimentado. Os cursos, antes com carga horária concentrada em dois dias, passaram a ter a carga diluída em até quatro dias. A equipe de instrutores foi definida em profissionais fixos, da própria MSA, e profissionais externos, de competência e experiência reconhecidas no mercado. Os treinamentos estão se concentrando em proteção contra quedas, detecção de gases e proteção respiratória. “Adaptamos nosso portfólio de treinamentos e conseguimos aumentar o número de alunos e diversificar o perfil das turmas. Estamos promovendo capacitação para mais pessoas, oferecendo oportunidades para mais profissionais”, comemora Henrique.