Mulheres do Café começam a exportar seus produtos

Mulheres do Café começam a exportar seus produtos

Desde 2013, o Instituto Emater coordena em 11 municípios do Norte Pioneiro o projeto Mulheres do Café. Para tanto, disponibiliza equipe multidisciplinar visando orientar as mulheres, valorizar o trabalho feminino e gerar renda. E, recentemente, o fruto dessa dedicação e desse trabalho passou a gerar mais lucro, pois ocorreram as vendas das 460 primeiras sacas ao Japão e à Austrália. O café especial rende três vezes mais do que o comum. Uma saca do grão verde do especial é vendida entre R$ 1,2 mil e R$ 1,5 mil. A economista doméstica da Emater de Pinhalão, Cíntia Mara Lopes de Souza, explica que a assistência técnica para as cerca de 250 cafeicultoras da região envolve desde a escolha do local do plantio até a comercialização do produto. Onze profissionais da Emater estão envolvidos diretamente no projeto.

“A exportação é um dos resultados do trabalho que desenvolvemos. O mercado externo exige qualidade, sendo um desafio para as produtoras da agricultura familiar”, afirma Cíntia. Além do exterior, o mercado interno também tem demanda para o café especial produzido pelas mulheres do Norte Pioneiro. O produto já pode ser encontrado em cafeterias do Sul do país e de São Paulo.

Agregar valor

O objetivo do projeto Mulheres do Café é agregar valor à produção, com um tipo de produto que consegue valores mais elevados na venda. Com base em um protocolo internacional, criado pela Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA), o produto deve apresentar pontuação acima de 80. O valor do café especial é recompensado no momento da venda. Diferente do café comum, que custa cerca de R$ 400 a saca, o especial chega a ser vendido por até R$ 1,5 mil a saca como ocorreu durante leilão realizado em Tomazina.

No processo de produção, os grãos devem passar por uma padronização na peneira e os que apresentam defeitos são eliminados. A classificação especial ainda envolve o acréscimo de atributos que dizem respeito aos sabores identificados, conforme o lote. Alguns sabores podem estar relacionados a especiarias, chocolate ou frutas e são atribuídos por especialistas da SCAA, degustadores oficiais e avaliadores da qualidade (Q-Grader).

O projeto  está presente em 11 municípios do Norte Pioneiro:  Curíúva, Figueira, Ibaiti, Japira, Jaboti, Pinhalão, Tomazina, Siqueira Campos, Salto do Itararé, Joaquim Távora e Carlópolis.

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