Museu de História Natural: aulas a céu aberto em Curitiba
(PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA)
Área: 36.000 m2
Localização: Rua Benedito Conceição nº 407 (entrada principal) X Rua Nivaldo Braga
Bairro: Capão da Imbuia
Data de implantação: 1963
Fauna: Periquito-rico, grimpeirinho, arredio-oliváceo, canário-da-terra, pássaro-preto, carcará, gavião-carijó, coruja-orelhuda, corujinha-do-mato, jacuaçu, morcego, gambá-de-orelha-branca, gambá-de-orelha-preta e cutia.
Flora: Pitangueira, guabiroba, araçá; várias espécies de canelas, dentre elas imbuia (a mais importante), e o pinheiro araucária (a árvore-símbolo do Paraná).
Equipamentos: Exposições ‘Ecossistemas Brasileiros’ (interna) e ‘Caminho das Araucárias’ (externa), coleções zoológicas (acervo), laboratórios de pesquisas, biblioteca, bosque, praça, sanitários, estacionamento.
Com um respeitável acervo, que reúne até centenárias coleções científicas de insetos, peixes, ectoparisatas, mamíferos, répteis e anfíbios, e invertebrados (não insetos), o Museu de História Natural Capão da Imbuia é reconhecido nacionalmente pela qualidade do seu trabalho na área da pesquisa zoológica, abrangendo diferentes grupos de animais.
Suas coleções são de interesse de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, tanto para consulta de dados e revisões dos organismos vivos, como para depósito de material zoológico, proveniente de atividades científicas, O Museu também trabalha no estudo das espécies ameaçadas de extinção e no cadastramento dos elementos que compõem o ecossistema urbano de Curitiba, tanto terrestre quanto aquático.
Voltado aos cuidados para que milhares de lotes de exemplares da fauna, que testemunham especialmente a biodiversidade paranaense, mantenham sua integridade ao longo dos anos, conta com um corpo técnico de grande qualificação.
O seu acervo está tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná. Alguns números:
Aves – A coleção ornitológica tem 5.933 exemplares taxidermizados, carcaças e vísceras em líquido (álcool).
Ectoparasitos – Catalogados 2.073 exemplares de carrapatos, 8.671 exemplares de pulgas, moscas, coleópteros e piolhos.
Insetos – A coleção entomológica tem quase 70.000 exemplares, a grande maioria paranaenses.
Invertebrados (não insetos) – A coleção conta com 12.552 lotes (a maioria em álcool)
Mamíferos – A coleção de animais tem 7.000 exemplares (animais taxidemizados, esqueletos completos ou parciais, crânios, carcaças, vísceras)
Peixes – A coleção ictiológica é integrada por quase 50 mil exemplares conservados em álcool.
Répteis e anfíbios – O acervo herpetológico é formado por 18 mil répteis, mais de 90% serpentes, e cerca de 12 mil anfíbios, a maior parte anuros.
A origem do Museu de História Natural do Capão da Imbuia está relacionada com a história do Museu Paranaense. O projeto de fundação do Museu Paranaense, elaborado em 1874, foi concebido por duas personalidades destacadas do cenário intelectual de Curitiba: o desembargador Agostinho Ermelino de Leão (1834-1901) e o médico José Cândido Murici (1827-1879).
No dia 14 de agosto de 1963, o Instituto de História Natural – IHN, após quase uma década de atuação, passou a ser chamado de Instituto de Defesa do Patrimônio Natural – IDPN, por força do Decreto Estadual n° 12.603. Também ganhou sede própria, no (desde então) chamado Bosque do Capão da Imbuia, onde permanece.
Vinculado ao Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, além de fonte de estudos e formação de recursos humanos especializados, para desenvolvimento da área biológica e novas tecnologias, o Museu de História Natural é um rico campo para Educação Ambiental. Seu setor expositivo está aberto à visitação de turmas de estudantes, tanto de escolas municipais, estaduais e particulares de Curitiba, como da região metropolitana.
Cada um destes grupos de crianças e jovens é conduzido por um técnico da equipe de educação ambiental a observar dioramas (exemplos da natureza, em apresentação tridimensional), animais taxidermizados e plantas desidratadas, que compõem os principais ambientes brasileiros representados no Paraná. Esta é a exposição interna: ‘Ecossistemas Brasileiros’.
Inaugurado em 1995, o espaço trata de algumas das formações vegetais mais representativas encontradas em nosso país, como Floresta com Araucária, Floresta Tropical, Cerrado, Banhado e Ambiente Marinho. Tem ainda vitrines que tratam de temas variados como “Vetores de Zoonoses Urbanas”, “Fauna Paranaense Ameaçada de Extinção” e “Aves de Rapina”.
É mostrada a extraordinária diversidade de vida existente em cada um daqueles ecossistemas, para permitir a observação das características de adaptação de cada ser vivo ao ambiente em que ele se encontra.