O trabalho dos jesuítas em Santo Inácio, no Paraná, começou em 1610

O trabalho dos jesuítas em Santo Inácio, no Paraná, começou em 1610
Foto- Monumento aos jesuítas _ DIVULGAÇÃO

Há alguma  confusão entre as ruínas de Santo Inácio, no Paraná e Santo Inácio Mini na Argentina. A colônia do Paraná foi fundada em novembro de 1610 pelos jesuítas José Cataldino e Simón Maceta. Em 1629 houve a expulsão pelos bandeirantes – e a recriação no início da década de 1630  na Argentina.

Texto da Rede de Turismo Regional – RETUR – explica o que houve no território paranaense:

Recordação longínqua de um passado glorioso, o atual município de Santo Inácio, evoca, na ebulição e burburinho dos dias presentes, a sublimidade e grandeza da obra civilizadora realizada pelos missionários da Companhia de Jesus, por ordem do rei de Castela, no início da segunda metade do século XVI, cujo palco principal foi a região circunscrita das bacias dos rios Paranapanema, Ivaí, Piquiri e Paraná, integrante da então Província Paraguaia de Guairá, mais tarde Província e hoje Estado do Paraná.

De fato, entre as 13 reduções fundadas pelos padres Jesuítas Castelhanos, onde, desde 1554, já existiam as povoações oficiais espanholas de Ontiveros, Ciudad Real Del Guairá e Vila Rica do Espírito Santo, encontramos a Redução de Santo Inácio Mini, localizado a esquerda do rio Santo Inácio, afluente do rio Paranapanema, e a Nossa Senhora de Loreto, capital da Missão Jesuíta de Guairá, fundada em 1610, junto à foz do rio Pirapó no Paranapanema.

Foi aí que Montaya escreveu, em 1613, a “Arte y Vocabulário de La Lengua Guarani”, que serviu aos missionários para se entenderem com os povos indígenas que dominavam a região, e que foi, talvez, o primeiro livro escrito e impresso em terras da América.

De Santo Inácio Mini, como as demais reduções e cidades castelhanas, ficaram apenas alguns vestígios e as ruínas, no coração do sertão, reveladoras de um passado longínquo e grandioso.

Em nossos dias, lá pelo ano de 1924, Dr. Manoel Firmino de Almeida, engenheiro civil, natural da Bahia, obteve do Governo do Estado do Paraná a concessão de uma gleba de cinquenta mil hectares, de terras devolutas, dentro das quais se encontravam as ruínas da histórica Redução de Santo Inácio Mini. Na conformidade dos termos do contrato de concessão, firmado entre o Governo do Paraná e o Dr. Manoel Firmino de Almeida, surgiu o povoado de Santo Inácio, denominação dada pelo seu fundador, como recordação da antiga Redução de Santo Inácio Mini, cujas ruínas estão situadas há poucos quilômetros de distância da atual cidade de Santo Inácio.

Atrações

Além das ruínas de Santo Inácio, a 10 quilômetros da sede, a cidade oferece aos visitantes outras atrações, como o Museu Histórico. Está ali uma cruz em estilo luso que representa o início do povoamento pelos jesuítas em 1610. Interessante também o monumento que relembra a ação dos jesuítas na catequese aos indígenas. E, como está as margens do rio Paranapanema, há toda a atração das águas para pescas e esportes náuticos.

FOTO – O Museu Histórico- DIVULGAÇAO
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