Obras da usina solar do Caximba avançam e há vagas para trabalhadores

Obras da usina solar do Caximba avançam e há vagas para trabalhadores
Legenda: Instalação dos painéis fotovoltaicos nas obras de construção da pirâmide solar no antigo aterro sanitário da Caximba - Foto: Daniel Castellano / SMCS

(PREFEITURA DE CURITIBA)

O canteiro de obras da futura Usina Solar do Caximba, no Campo de Santana, pode ser uma opção para quem busca se recolocar no mercado de trabalho. O local tem 30 vagas abertas aos interessados em atuar na construção civil e instalação de estruturas fotovoltaicas (destinadas a transformar a radiação solar em energia) e se juntar aos 65 trabalhadores já contratados.

As agora colegas de trabalho Amanda Oliveira, moradora do Xaxim, e Lilian Prado, da CIC, fazem parte dessa equipe. Parte de um grupo inicial de seis mulheres contratadas, elas chegaram há menos de um mês, pouco depois de iniciada a obra. A função da dupla é dar apoio na área de carpintaria e armação dos componentes de sustentação de estruturas metálicas. “Estamos conhecendo melhor essa área, que é nova para nós, e estamos gostando”, comentou Amanda.

Obra histórica

Os futuros selecionados também farão parte da obra que vai marcar a história da cidade: a usina de energia limpa de matriz solar, da Prefeitura, construída sobre um aterro sanitário desativado. Serão 8.596 placas de energia solar colocadas sobre 614 estruturas de ferro galvanizado e apoiadas em bases concretadas. Com este porte e características, será a primeira da América do Sul.

A fixação por meio daquela técnica é necessária porque a obra se assenta sobre um antigo aterro sanitário. Durante 20 anos, a área recebeu 12 milhões de toneladas de lixo de Curitiba e da Região Metropolitana, intercaladas com camadas de terra. “É um terreno naturalmente em constante acomodação e que terá uma destinação nobre”, explica o gestor de implantação do projeto, João Carlos Fernandes.

Andamento

Do início do mês até agora, quando a obra começou, foram instaladas 105 estruturas metálicas e colocados 750 módulos de placas. Quando o trabalho estiver concluído, a usina gerará 4,55 mega watts de energia. Toda essa produção percorrerá 7,5 quilômetros de linhas de distribuição até a subestação da Copel e, então, será encaminhada às unidades consumidoras.

A princípio, a geração de energia da usina do Caximba acenderá lâmpadas e acionará equipamentos eletrônicos de 30% dos cerca de 4 mil prédios públicos municipais – como escolas e unidades de saúde. “Será como se 100 ônibus a diesel deixassem de circular e de emitir 5 mil toneladas anuais de gás carbônico, poupando R$ 3 milhões por ano’”, explica a secretária municipal de Meio Ambiente, Marilza Dias.

A previsão é de que a instalação de toda a estrutura esteja pronta em dezembro. Em breve, será implantada a linha de distribuição e iniciados os testes, com a entrega da produção para a Copel. Em março, o fornecimento passará a ser contínuo.

Recuperação ambiental e biodiversidade

A Pirâmide faz parte de um conjunto de iniciativas do Curitiba Mais Energia, uma das estratégias da cidade para combater e mitigar as mudanças climáticas. O programa já inclui a instalação de painéis no Palácio 29 de Março, no Salão de Atos do Parque Barigui e na Galeria das Quatro Estações, do Jardim Botânico. Também está em funcionamento a Central Geradora Hidrelétrica Nicolau Klüppel, que gera energia a partir da queda d’água do Parque Barigui.

A natureza já está agradecendo pela recuperação do antigo aterro. Na portaria, tambores reciclados servem de floreiras. Já dentro da futura usina, sobre uma torre desativada de drenagem de gás gerado pelo lixo depositado, um joão-de-barro construiu sua casa.

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