Pioneiros que perpetuam seus nomes em edifícios de Londrina

Pioneiros que perpetuam seus nomes em edifícios de Londrina
Foto: o Palacete dos Garcia Cid

(da Redação)

Recentemente foi demolida a antiga sede da primeira central de distribuição de energia elétrica de Londrina. Não havia sido tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural, e foi para o chão – para sediar, talvez, um outro grande edifício.

Não é o caso do Palacete dos Garcia Cid, na Avenida Higienópolis, tombado em março de 2012. O edifício vai ficando ao lado dos grandes edifícios que surgem naquela que foi a mais charmosa avenida residencial da cidade. O local abrigou governadores (Moisés Lupion, Paulo Pimentel) e até um Presidente da República (Juscelino Kubitschek). Celso Garcia Cid, espanhol da Galícia, começou sua história no Norte do Paraná adquirindo os primeiros 13 alqueires de terra em Sertanópolis, às margens do rio Tibagi. Depois, foi comprando mais e a maior ousadia foi ter trazido, no peito e na raça, os primeiros touros zebuínos ao Brasil, responsáveis pela melhoria genética da pecuária do país. Celso foi um dos fundadores da Viação Garcia, tendo amassado muito barro vermelho para ver a empresa crescer (empresa adquirida pela BrasilSul).

O fato é que a Londrina de hoje não é apenas o centro urbano, onde outros pioneiros como Julio Fuganti e Salim Sahão perpetuam seus nomes porque edificaram prédios altos. O Edifício Julio Fuganti foi dos mais modernos em sua época, década de 1960. Em formato triangular, sediou o Magazine Fuganti e era local de elegantes chás da tarde. Julio Fuganti, que foi Comendador, era dono de uma empresa das mais fortes do Norte do Paraná, a Plenogas Fuganti. Ele, líder empresarial, também presidia a Associação dos Amigos de Londrina.

Já outro pioneiro, Salim Sahão, era libanês e chegou a Londrina em 1935 para assumir sozinho 45 hectares de terras compradas de alguns de seus empregados em São Paulo que não acreditavam no futuro da cidade que surgia no meio do sertão. Resultado do seu arrojo e empreendedorismo: comprou mais fazendas em diversas outras cidades, construiu um armazém que ocupava toda uma quadra, além de máquinas de café e algodão. Para homenagear a cidade, resolveu construir o melhor hotel que se poderia encontrar, o São Jorge Hotel. Tinha vidros da Suécia, mármores de Carrara.

Hoje, há anos, o local está abandonado e enfeiando, com isso, o centro londrinense.

Crescimento

Londrina, como se disse, não é apenas o antigo centro urbano. Com 600 mil habitantes, a cidade alastra-se. A Avenida Higienópolis, que há alguns anos parecia mais afastada, hoje integra esse centro e deixou de ser o local de residências luxuosas porque os Edifícios altos foram tomando conta de tudo.

Há 5 quilômetros, uma outra cidade nasce, pujante do ponto de vista comercial e imobiliário: a Gleba Palhano. Do outro lado, cresce a Zona Norte.

Com isso, alguns ícones da cidade foram ficando longe. O Estádio do Café fica a 4 quilômetros de distância, a Universidade de Londrina a 4,9 quilômetros, a PUC a 3,6 quilômetros, o Jardim Botânico a 4, o Catuaí Shopping a 4,7, a futura Cidade Industrial a 7.

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