Portonave movimenta caça F-39 Gripen da Força Aérea Brasileira
A Portonave, primeiro terminal portuário privado de contêineres do Brasil, localizada em Navegantes, Santa Catarina, realizou a operação de descarga de mais um caça F-39 Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB). O navio Heerengracht, do armador Spliethoff, embarcou a aeronave FAB 4108 pelo Porto de Norrköping, na Suécia, e atracou nesta segunda-feira (23) no terceiro berço do Terminal. A operação de descarga durou 1h30. A Portonave foi escolhida devido à excelência da sua equipe, que realizou a operação em segurança, assim como pela localização próxima ao Aeroporto Internacional de Navegantes, para onde o caça foi levado em terra.
Fabricado pela Saab, empresa sueca líder no segmento de defesa e segurança, a aeronave faz parte do Programa Gripen Brasileiro, uma parceria entre o Brasil e a Suécia que foi anunciada em 2013, com o objetivo de desenvolver e fornecer caças Gripen à FAB. O contrato também oferece suporte logístico, sistemas e equipamentos relacionados, treinamento, armamentos e um acordo de cooperação industrial que se tornou o maior programa de transferência de tecnologia em curso no país.
O Gripen F-39 significa um importante salto qualitativo e tecnológico para o aumento da capacidade operacional da FAB, pois é reconhecido pela eficiência, baixo custo de operação, elevada disponibilidade e capacidade tecnológica avançada. Para se ter noção do seu potencial, a aeronave, de envergadura de 8,6 metros, 4,5 metros de altura e 14 metros de comprimento, é capaz de atingir velocidade de 2,4 mil km/h, equivalente a duas vezes a velocidade do som, e voar acima de 16 mil metros de altitude.
Essa foi a sexta operação de caças Gripen F-39. A primeira aeronave foi desembarcada pela Portonave em 2020, e as demais em 2022 e 2023. Essas se enquadram na modalidade breakbulk, tipo de transporte especial para mercadorias de grandes dimensões. Com uma equipe operacional capacitada para movimentar cargas especiais no Terminal Portuário, também já foram movimentados helicópteros, trem, grandes geradores, máquinas, lanchas e até mesmo a maior montanha russa da América Latina e a roda gigante de Balneário Camboriú, tanto na importação quanto exportação.
A Portonave – eficiência
A Portonave é o terminal portuário mais eficiente em produtividade de navio no país, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Esse indicador monitora os Movimentos por Hora (MPH) realizados pelos Ship-to-Shore Cranes, guindastes para a movimentação de contêineres do pátio aos navios. De janeiro a junho, a Companhia registrou 118 MPH, um recorde em sua história e o maior entre os portos brasileiros.
Neste ano, de janeiro a agosto, 845.210 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) foram movimentados em 332 escalas de navios recebidas pela empresa, que realiza um investimento de R$ 1 bilhão, com objetivo de adequar o cais para o recebimento de navios de até 400m de comprimento.
Na participação de mercado em movimentação de contêineres cheios, a Portonave representa 12% em âmbito nacional e 50% em Santa Catarina, sendo líder no Estado, segundo o Datamar, consultoria especializada no modal marítimo, em junho. Os produtos mais importados foram o plástico, o maquinário e o têxtil. Enquanto os mais exportados foram a madeira, a carne congelada e o papel. Os países com mais importações foram a China, o Estados Unidos e a Índia. Os países de maior destino das exportações foram a China, o Estados Unidos e a Índia.
As operações do primeiro terminal portuário privado de contêineres do Brasil, a Portonave, tiveram início em 21 de outubro de 2007, na cidade de Navegantes, em Santa Catarina. O Terminal possui área total de 430 mil m², sendo cerca de 360 mil m² de área alfandegada, dividida em três berços de atracação, em um cais linear de 900m. Atualmente, a são 1,2 mil profissionais diretos e cerca de 5,5 mil indiretos. Além de ser destaque na movimentação de contêineres, a Companhia está comprometida com as práticas ESG (Meio Ambiente, Social e Governança, em português) e a sustentabilidade.