Rio Negro, berço da imigração alemã, festeja 149 anos com a Festa da Colonização

Rio Negro, berço da imigração alemã, festeja 149 anos com a Festa da Colonização
FOTO – DIVULGAÇÃO

Uma das mais tradicionais e históricas cidades paranaenses, berço da imigração e colonização alemã, Rio Negro comemora 149 anos de emancipação política e administrativa no dia 15 de novembro. Uma grande festa, integrada a XV Festa da Colonização, marcará o evento de 15 a 17 de novembro, na Praça João Pessoa. No dia 15 teremos show com a afamada dupla Thaeme e Thiago. No dia 16, Vox 3. No dia 17, Festival de Música Regional Arrasta. A realização é da Prefeitura, com patrocínios do Governo do Estado do Paraná, Fomento Paraná e Sanepar.

Destaque-se que a Festa da Colonização, realizada anualmente, passou a integrar o calendário oficial de eventos turísticos do Paraná, graças a projeto da deputada Mara Lima e, pela Lei 19.881, sancionado pelo Governador Ratinho Junior. O prefeito Milton Paizani lembra que em 2020 a festa de colonização rionegrense completa 150 anos. “Faremos a maior festa de todas”, proclama. Aliás, um dos projetos da Prefeitura é a construção do Centro de Eventos Municipal.

Quem passa a abrilhantar os eventos, com suas belezas e simpatias, são a Rainha da Festa, Alexandra Pereira, a primeira Princesa Analia Rafaela dos Santos e a 2ª. Princesa Gabrielle Schelbauer Richert.

Em Rio Negro, onde existia um pequeno povoado com o nome de “Capela da Estrada da Mata” com 108 moradores em 1828, localizaram-se famílias alemãs, que teriam embarcado no veleiro alemão Charlote Louise em 30 de junho de 1828, portanto de conformidade com os planos do Governo Imperial em atrair imigrantes europeus ao nosso país. Apesar de terem aportado no Rio de Janeiro em 02 de outubro, somente em janeiro de 1829 chegaram em Antonina, e seu destino foi alcançado em 06 de fevereiro de 1829.

Houve duas remessas de colonos alemães para Rio Negro, a pedido do Barão de Antonina que, “para garantir a subsistência própria, tiveram de derrubar as matas, deslocar terras para revolvê-la e plantar o cereal necessário à vida”. Com a chegada desses colonos, a povoação ganha impulso e cria um movimento notável para a época.

Produção

O parque industrial rionegrense é constituído por importantes empresas. Para início de conversa, duas gigantes internacionais estão ali, com grandes complexos: a Souza Cruz e a Klabin. Mas a variedade do que se produz impressiona: Rogil (calçados de segurança), Nortefios (fios têxteis), Metalúrgica Zenker, Enersolar, Ribeiro Metalúrgica, QNK (peças em fibra de vidro e plástico para caminhões), Passflex (calçados de segurança), Dafne (bolsas e acessórios), Mako (equipamentos fotográficos), Linde Vidros, Madem (madeiras), AGM (embalagens plásticas), etc.

Na agropecuária, conforme o Ipardes, são dos mais expressivos os plantios de  soja (9.690 hectares), milho (1.600), fumo (3.000), feijão (1.620), trigo (500). Na fruticultura, destaque para a maçã. Produtos de origem animal que sobressaem são o leite, ovos e mel de abelha.
Em criações, aves, suínos, bovinos e ovinos.

Turismo

O bucolismo da cidade, algumas casas antigas, belas paisagens, locais de muita cultura, pescarias no rio Negro, muita história, fazem de Rio Negro um local interessante para se conhecer. Algumas de suas atrações são essas:

Seminário Seráfico São Luiz de Tolosa: Exemplar mais significativo da arquitetura municipal, tem suas origens ligadas à história e a cultura não só do município, mas de toda a região. Construída em arquitetura alemã, com o interior em estuque, isto é, uma mistura de gesso, água e cola, sobre uma camada de lâmina de madeira. Com 7200 m distribuídos em três pavimentos, sendo que, sua pedra fundamental foi lançada em 1918, e a construção concluída em 1923.

Trilhas: De aproximadamente 4.830 m, sendo usada anteriormente pelos antigos franciscanos. Atualmente as pessoas vão fazer caminhadas e educação ambiental. Pode-se vislumbrar a Gruta Nossa Senhora de Lourdes e o antigo Campo Santo onde no passado eram sepultados os padres que viviam no seminário.

Centro Ambiental Casa Branca: Voltado para os estudos e pesquisas da fauna e flora locais, oferece informações e atividades na área ambiental para integração da comunidade com os recursos naturais do parque.

Capela Cônego José Ernser: Localizada no antigo Seminário. Sua arquitetura é de estilo eclético, seu interior é constituído de pintura mural em técnicas de óleo sobre tela, têmpera mural e pinturas feitas à base de cal, no período de 1932 a 1935 por Pedro Cechet. Restaurada, foi reinaugurada em 2000.

Presépio em Palha de Milho: Obra do artista alemão Meinrad Horn, o maior presépio em palha de milho do mundo, conta com aproximadamente 1.700 personagens, fora as peças que compõem o cenário criado com palha de milho, isopor, madeira e tecido. A obra objetiva transportar os visitantes para a cidade de Belém dos tempos do nascimento de Jesus. Aberto ao público desde novembro de 2000 é uma verdadeira obra prima pela riqueza de detalhes.

Loja de Artesanato: Pertencente a ASSOART: Comercializa artesanato além de produtos locais. Procedimentos para visitação.

Ponte Metálica “Dr. Diniz Assis Henning”: As duas margens do rio, que após a questão do Contestado, passaram a pertencer à margem direita ao Paraná e a margem esquerda a Santa Catarina, formando assim os municípios: Rio Negro (PR) e Mafra (SC).

Igreja Matriz Senhor Bom Jesus da Coluna: É um dos templos católicos mais belos do Paraná. Construída e inaugurada em 1916 pelo padre José Ernser. A Praça da Igreja foi feita por ocasião do Centenário da Colonização Alemã (1929) e os três sinos de aço da torre foram adquiridos na Alemanha em 1930.

Igreja Nossa Senhora Aparecida: Inaugurada em 12 de junho de 1979, o projeto leva o nome do arquiteto Rubens Meister, de linhas arrojadas, representa uma cápsula de foguete espacial. Localiza-se no Bairro Bom Jesus.

Exército em Rio Negro

Rio Negro sedia importantes guarnições do Exército Brasileiro. Estão ali o 5º Regimento de Carros de Combate, o Hotel de Trânsito do Exército, a 11ª. Bateria de Artilharia Anti-aérea Propulsada de Rio Negro.

Quanto a cidade sofre com as enchentes do rio Negro, quem muito auxilia a população são os soldados do Exército Brasileiro.

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