Secretário tem reunião na Fiep sobre a atração de novos empreendimentos
Na véspera de sua primeira reunião ordinária de diretoria, a nova gestão da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que se iniciou oficialmente em 1º de outubro, promoveu um encontro com o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros. Ele apresentou algumas das principais políticas do governo voltadas para a melhoria do ambiente de negócios do Paraná e atração de novos empreendimentos, analisando ainda o panorama atual de investimentos no Estado.
O novo presidente da Fiep, Edson Vasconcelos, explicou que este foi o primeiro de uma série de diálogos com lideranças ligadas ao desenvolvimento industrial que a entidade irá promover no dia anterior a cada reunião mensal de diretoria. “Antes de toda reunião de diretoria, vamos ter um palestrante para debater temas de interesse da indústria. Teremos a primeira reunião de diretoria e este debate sobre políticas públicas do Estado, chegando também aos municípios, será uma constante”, afirmou. “A presença do secretário é fundamental para nós sabermos quais são os planos e a visão do governo, agora que voltamos a ter uma secretaria específica para a indústria”, completou.
Barros destacou que o Paraná já é um estado atrativo para investimentos produtivos. “Somos hoje o Estado mais inovador, mais sustentável e com a melhor educação básica do Brasil, tudo isso ajuda na atração de investimentos”, disse. Ele destacou que, somente no primeiro semestre de 2023, o programa Paraná Competitivo, que oferece incentivos para empresas que se instalam no Estado, atraiu mais de R$ 6 bilhões em investimentos.
Ele também afirmou que o governo vem se empenhando para concretizar investimentos em infraestrutura. Nas rodovias, apenas com os dois lotes do novo modelo de concessão já leiloados, estão previstos R$ 18 bilhões em obras nos próximos anos. Já no modal portuário, além de investimentos que estão sendo realizados no Porto de Paranaguá, Barros disse que existe um potencial de R$ 10 bilhões de investimentos em portos privados no litoral paranaense, que ainda dependem de soluções legais para que sejam executados. Há, ainda, a expectativa de investimentos em ferrovias com a Nova Ferroeste e com o trecho paranaense da ferrovia Norte-Sul.
O secretário também destacou que o governo vem buscando cada vez mais facilitar os procedimentos para abertura de empresas. Recentemente, dentro do programa Descomplica Paraná, foi assinado um decreto pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior que dispensou 770 atividades econômicas de emissão de licenças e alvarás para a formalização das empresas.
Encontro contou com a presença de integrantes da nova diretoria da Fiep
Desenvolvimento regional
Apesar do bom momento vivido pelo Paraná na atração de investimentos, Ricardo Barros disse que uma preocupação da secretaria é concentração desses empreendimentos principalmente nas regiões de Curitiba e Ponta Grossa. “Tanto na parte de empregos como de investimentos, a região Centro-Oriental fica com quase dois terços. Em outras regiões, a maioria dos investimentos são feitos por cooperativas”, afirmou.
Para reverter esse cenário, o secretário defende a especialização econômica das cidades do interior. “As cidades especializadas são mais competitivas porque têm escala e articulação”, justificou. Como exemplo, citou os casos de Apucarana e Cianorte, polos da indústria de confecções, Arapongas, líder na produção de móveis, Loanda, onde existe um arranjo produtivo local de metais sanitários, e Pato Branco, que se tornou um importante polo tecnológico. “Essas cidades não têm uma única grande empresa que, se fechar, quebra o município, mas elas têm um setor que sustenta o desenvolvimento da cidade”, explicou.
Também para contribuir no desenvolvimento de diferentes regiões do Paraná, o secretário citou o grande potencial do Estado na geração de biogás, principalmente a partir de resíduos da produção de proteína animal. Segundo ele, já existem R$ 18 bilhões em investimentos previstos nessa área, que podem resultar na geração de até 6 GW de energia a partir dos resíduos, o que corresponde a 43% da capacidade de produção da usina de Itaipu.