Tapejara sob o domínio da cana-de-açúcar
APÓS A TEMPESTADE DO CORONAVÍRUS, UM ARCO-ÍRIS COM POTES DE OURO
Apesar de, no momento, sofrermos a presença do coronavírus, o fato é que em Tapejara sopram bons ventos. Tanto, que realiza-se lá, todos os anos, o festival da pipa, quando o céu (um pouco menos embaixo) fica colorido com diversos tipos e tamanhos de raias – com ou sem rabiolas.
No extremo noroeste paranaense, Tapejara foi transformada em município, desmembrada de Cruzeiro do Oeste e Tuneiras do Oeste no dia 11 de abril de 1964 e, portanto, completa 56 anos neste ano de 2020. Só completa, porque os festejos foram cancelados exatamente em virtude da pandemia que nos aflige. Iria acontecer a Expojara nos dias 17, 18, 19 e 20. Os shows estavam marcados com Michel Teló, Antony e Gabriel, Mato Grosso & Mathias, Pedro Henrique e Fernando.
Pelo mesmo motivo, não se realizou a 12ª. edição da Cavalgada Ecológica.
Com área territorial de 597 km2, quase a totalidade agricultável, 21.000 hectares, estão disponíveis para a cana-de-açúcar, sobrando pouco para outras culturas: mandioca 350 hectares, melancia 100, milho 45, café 55, laranja 90. Há as criações de galináceos, bovinos, ovinos e suínos, com muito boa produção de leite. Destaca-se ainda a cultura do bicho da seda.
Tanta cana-de-açúcar tem uma lógica: está ali uma grande usina, uma unidade da Usina Santa Terezinha, produzindo álcool e açúcar e gerando cerca de 2.600 empregos. É a unidade com maior capacidade instalada para moer de todo o grupo, que tem matriz em Maringá.
A empresa investe no local em inovação tecnológica para a produção da bioeletricidade por meio da cogeração, usando como matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar, um subproduto do processo de moagem.
Outra grande indústria sediada em Tapejara é a Laticínios Pic Nic que, recentemente, acertou parceria com a Leprino Foods, de Denver (EUA), líder mundial de produção de queijo mussarela e proteínas lácteas.
No centro urbano, destaca-se a igreja da paróquia Nossa Senhora Aparecida (Diocese de Umuarama).
No Parque de exposições José Inácio, homens e máquinas trabalham na ampliação do local.
