Tinha um salto e tanta lontra que o nome ficou Salto do Lontra

Salto do Lontra chega aos 56 anos de emancipação política e administrativa no dia 18 de fevereiro. A instalação, desmembrada de Francisco Beltrão, ocorreu no dia 13 de dezembro de 1964, mas a comemoração sempre ocorre no dia 18 de fevereiro.

Com uma área territorial de 312 km2, o município colhe soja em 11.000 hectares, trigo em 3.300, milho em 2.500, feijão em 1.000, além de outras culturas como mandioca, fumo, melancia, erva-mate, laranja, banana, uva. As criações mais importantes são de galináceos, bovinos e suínos. A produção leiteira é expressiva, como são importantes também as de ovos de galinha e mel de abelhas.

O parque industrial sedia um entreposto da cooperativa Coasul. As indústrias de confecções são sustentáculos da economia local e cerca de 300 pessoas trabalham na atividade. Outro setor muito importante em Salto do Lontra são os aviários para frango de corte, integrados à empresa BRF. São produzidos também ovos galados.

O município é cortado pelo rio Cotegipe, onde está a grande atração turística, que é o Saltão do Rio Cotegipe. Uma paisagem para puro contato com a natureza.  

Em março de 2019 a cidade foi notícia, dando conta de que um piscicultor (do Pesque-Pague da família Nava) havia conseguido criar em cativeiro o peixe pirarucu, o maior de escamas de água doce do Brasil (podendo chegar a 250 quilos).

Em 2014, quando Salto do Lontra comemorou 50 anos, foi implantada a Cápsula do Tempo, para ser aberta só em 2039. Estão ali fotos, recortes de jornais, textos, até pen drives, máquina fotográfica (que, por certo, irão direto a algum Museu).

História

Texto da Prefeitura

Salto do Lontra começou a existir por volta de 1951, ao surgirem as primeiras famílias que iniciaram a colonização e a fundação da vila. Nicolau Inácio e sua família, cuja avenida principal leva seu nome, foram os primeiros colonizadores iniciando a abertura do espaço que viria a ser a sede do futuro município. 

A origem do nome Salto do Lontra surgiu devido à existência de muitas lontras num rio perto da vila, e a existência de um belíssimo salto que encantou e inspirou seus primeiros habitantes. Nicolau Inácio, juntamente com Benjamim Baggio e Estevão Dorigon, ergueram, em 1952, a primeira capela, denominada Nossa Senhora Aparecida, feita de madeira lascada, no núcleo que começava a se formar. 

Como não havia escola no local, funcionava também como sala de aula, tendo como primeira professora a Senhora Irondina Piazza Wobeto, juntamente com o Senhor Antonio Peron. Aberto o caminho novas famílias foram chegando. Eram descendentes de alemães, italianos e poloneses vindos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Essas famílias trouxeram consigo suas culturas hábitos e tradições. 

Mas a luta e a conquista da região foi envolta em muitos conflitos de terra, provocada pela disputa de interesses entre a CANGO (Colônia Nacional de General Osório) e a CITLA (Clevelândia Industrial e Territorial Ltda.). Em conseqüência destes conflitos muitos habitantes da vila foram obrigados a deixá-la. Tais conflitos só tiveram fim em 1957 com a Revolução dos Colonos de toda a região de Francisco Beltrão. Passado o pior, as famílias que retornaram as suas atividades, continuaram construindo o povoado. 

Já, em 1961, de acordo com a Lei nº 92 de agosto do mesmo ano, a vila de Salto do Lontra foi elevada à categoria de Distrito, pertencente á Francisco Beltrão. Três anos depois, foi elevada à categoria de Município pela Lei nº 4.823 de 18 de fevereiro de 1964. A instalação ocorreu dia 13 de dezembro do mesmo ano, data em que foi empossada a primeira Câmara Municipal e o primeiro prefeito eleito, Wilson José da Silva Nunes. E em 86 Salto do Lontra tem instalada sua comarca, criada pela lei municipal 8.280/86.

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