Tristeza em Rio Negro com o fechamento da Souza Cruz

(da Redação)
Está dando a maior tristeza em Rio Negro (e região) o fechamento da Souza Cruz, agora BAT – British American Tobacco -, anunciado oficialmente no dia 30 de julho.
A empresa era a “alma” rio-negrense. Além de gerar empregos e renda, participava ativamente das ações comunitárias, colaborando com entidades assistenciais, culturais e esportivas.
Foi a primeira empresa do Paraná a cuidar da segurança dos seus colaboradores, inaugurando em 1962 a primeira comissão interna de prevenção de acidentes.
Colaborou com a Defesa Civil em 1983 quando houve uma grande enchente na cidade, realizando ações de retirada de pessoas em situação de risco e disponibilizando transporte para mudanças, além de fornecer água potável à população.
Realizou edições do “Arraiá da Solidariedade”, organizadas de forma voluntária por colaboradores da empresa.
Na área da sustentabilidade, a empresa adquiriu na década de 1980 a Fazenda Triângulo, para produção de lenha de reflorestamento como alternativa para as caldeiras a óleo.
Passar agora pelas imediações das grandes instalações, que foram inauguradas no dia 17 de novembro de 1960, há 62 anos, é sentir muita tristeza, ao ver tudo aquilo quase vazio. Nas épocas de safra, então, quando a empresa contratava cerca de 1 mil pessoas, vai doer na alma pensar na falta desses empregos, dessa arrecadação para o município.
Ao longo dos anos, a Souza Cruz só foi aumentando sua presença em Rio Negro, ampliando as instalações, trazendo mais maquinários, se modernizando. Pois agora os rio-negrenses terão de procurar outras empresas, outras geradoras de progresso.
Esse ciclo da industrialização do tabaco acabou.
TODA A HISTÓRIA EM NOSSA EDIÇÃO 68
Em novembro de 2020, quando a Souza Cruz em Rio Negro comemorava 60 anos, a revista Distinção publicou uma edição especial contando a história e a evolução da empresa.
Essa edição pode ser encontrada neste site tribunasc.com/distincao