Um livro contando uma história de superação do pintor Schimaneski

(da Redação, com informes da Prefeitura de Ponta Grossa)

A escritora e poeta pontagrossense Dione Navarro está lançando o livro “Pincéis da Superação”, contando um pouco da história do pintor – também pontagrossense – Marcelo Schimaneski, que começou a pintar após um acidente que o deixou tetraplégico.

O livro apresenta poemas acompanhados das imagens das telas de Schimaneski, que foram inspiração para a autora escrever a biografia do pintor. “Cada vez que eu olhava uma tela de Marcelo Schimaneski sentia brotar em mim rios de versos para aquela obra colorida e cheia de ricos detalhes”, relata a escritora.

A obra de Dione foi lançada durante a inauguração do Setor de Artes Visuais do recém –inaugurado Centro Cultural do Ponto Azul, em Ponta Grossa.

As intervenções culturais da abertura do espaço fazem parte do projeto “Marcelo Schimaneski – pincéis da superação”, aprovado no PROMIFIC – Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura, com patrocínio da Belgotex do Brasil, e produção da ABC Projetos Culturais.

O valor arrecadado com a venda dos livros – R$ 35, o exemplar – será destinado à compra de uma cadeira de rodas especial, que permitirá maior acessibilidade ao artista plástico.

A autora Dione Navarro conta que propôs o projeto porque sentia que apesar de centenas de salões de arte receberem e conhecerem a produção artística de Schimaneski era necessário que mais pessoas soubessem a trajetória de vida do artista que, segundo ela, usa seus pincéis para superar as limitações impostas pela vida. “A Arte Naïf é uma poética visual que encanta pelas suas cores e leveza de formas. E esse mesmo encantamento se faz, quando cada pessoa se depara com uma obra de Marcelo”, descreve a autora .

Há trinta e dois anos, Marcelo sofreu um acidente que o deixou tetraplégico. Sua condição limitou os movimentos dos braços e das mãos e para fortalecê-los passou a praticar desenho. Ele precisou ser criativo para se adaptar, criando uma técnica para pintar suas telas. Passou a colocar o pincel entre os dedos da mão em concha e a pintar a primeira parte do quadro para, posteriormente, sua mãe virar a tela de ponta cabeça para que o artista terminasse seu trabalho.

Hoje, aos 54 anos, chega a 34 anos de atuação na área das Artes Visuais, tendo pintado mais de 400 telas que estão espalhadas pelo mundo. Por seu trabalho e trajetória, conquistou muitos prêmios e reconhecimento dentro e fora do país.

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