Uraí já foi a “Capital Mundial do Rami”

Uraí hoje tem uma produção agrícola bem diversificada, destacando-se as plantações de soja e milho, os laranjais, as hortaliças orgânicas. A cooperativa Integrada implantou ali em 2013 uma moderna indústria de sucos de laranja (de uva também), com capacidade para processar mais de 2 milhões de caixas por ano. Quanto às hortaliças orgânicas, os agricultores recebem orientações da Emater e os produtos são certificados por institutos oficiais da cultura orgânica.
Na história de Uraí, porém, há o café, que sucumbiu com a geada de 1975. E há também o rami, cuja fibra era muito valorizada pela indústria têxtil. O município era conhecido como “Capital Mundial do Rami”, fato que ocorreu até 1980.
E se Urai era a capital mundial, o agricultor e empresário Susumo Itimura foi apontado como o “Rei” do rami. Nos tempos áureos, teve 49 fazendas e três fábricas. Só em Uraí, possuía mais de mil funcionários. Suas indústrias, desfibriladoras, movimentavam a cidade.
Tragédias
Essas máquinas desfibriladoras, conhecidas como “periquitos”, usadas na retirada da casca do caule, deixaram um triste rastro em Uraí, o dos homens sem braço, tantos foram os casos de mutilações e amputações que ocorreram com os trabalhadores.