Em Jardim Alegre um Assentamento que deu certo
Na inauguração do Colégio José Marti
No dia 8 de abril de 1997, há portanto 22 anos, o MST – Movimento dos Sem Terra – ocupou uma área de terras com cerca de 13,8 mil hectares em Jardim Alegre, parte da antiga Fazenda Corumbataí. Em 1998 os Sem Terra ocuparam toda a fazenda e em 2004 foi criado o assentamento 8 de abril. Atualmente com 555 famílias, o assentamento está dividido em seis comunidades que se dedicam à educação, produção, cultura e comunicação (essa, através da Rádio Zumbi dos Palmares, com alcance de mais de cem quilômetros).
Membros do MST afirmam que “o que era antes um grande latifúndio improdutivo, se transformou em lugar de conquistas econômicas, culturais e sociais para as famílias Sem Terra”.
Os moradores dispõem, ali, de 555 casas de alvenaria, cooperativa com 280 sócios, colégio estadual, escola municipal, Unidade Básica de Saúde, caminhões, trator, resfriadores de leite.
Anualmente são produzidos aproximadamente 180 mil sacas de milho, 80 mil sacas de soja, 5 mil sacas de feijão, 20 mil sacas de trigo, 150 mil quilos de hortaliças, e 3 milhões de litros de leite que são vendidos para cooperativas da reforma agrária e o comércio regional.
Colégio José Marti
Em 2013 o então Governador Beto Richa esteve pessoalmente no assentamento para entregar o novo prédio do Colégio Estadual José Marti. Com investimento, na época, de R$ 3,6 milhões, o educandário tem capacidade para até 1,2 mil alunos do ensino fundamental e do médio. A escola funcionava de modo improvisado em uma garagem, atendendo a 500 alunos.
Naquele dia, Richa afirmava que “em 3 anos e meio de gestão não foi registrado nenhum confronto no campo e nenhuma invasão de terra, resultado do novo jeito de governar que implantamos no Paraná”.
O Colégio José Marti tem quatro blocos, 14 salas de aulas, setor administrativo, sala dos professores, secretaria, laboratório de ciências e informática, biblioteca, cozinha, refeitório e quadra poliesportiva coberta.
