Renata Sorrah abre o festival de teatro de Itajaí em Maio

Renata Sorrah abre o festival de teatro de Itajaí em Maio

A menos de 40 dias para o início do 6º Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha, em 1º de maio, a Fundação Cultural de Itajaí confirma os dois espetáculos convidados para abertura e encerramento do evento. A atriz Renata Sorrah e a Companhia Brasileira de Teatro (PR) abrem a programação com a peça “Preto”. O fechamento fica por conta do espetáculo “Nós”, do Grupo Galpão (MG), um dos principais do país. As apresentações ocorrem no Teatro Municipal.

Dirigidos pelo renomado diretor Marcio Abreu, ambos os espetáculos foram indicados pela Câmara Setorial de Teatro de Itajaí e convidados pela organização do evento por sua relevância no cenário teatral e pela trajetória importante de suas companhias. A sexta edição do festival Toni Cunha acontece de 1º a 12 de maio e contará com 22 atrações nacionais, regionais e locais.

“Esses dois grupos estão entre os melhores do país e para nós é muito importante receber essas apresentações, que ajudam a dar repercussão e qualidade ao festival. Isso também acaba ajudando os grupos locais, tanto no sentido qualitativo como na visibilidade dos trabalhos feitos na cidade”, afirma o superintendente de Fundações do município, Normélio Pedro Weber.

Racismo

Para abrir a programação, o espetáculo “Preto” traz reflexões sobre a negritude brasileira. Com dramaturgia assinada por Marcio em parceria com Grace Passô e Nadja Naira, a montagem parte da fala pública de uma mulher negra, como uma espécie de conferência sobre questões que incluem racismo, realidade do negro no Brasil, afeto e diálogo, a maneira como lidamos com as diferenças e como cada um se vê numa sociedade marcada pela desigualdade.

No elenco da peça estão grandes nomes, como Renata Sorrah, Grace Passô, Nadja Naira, Cássia Damasceno, Felipe Soares e Rodrigo Bolzan. O espetáculo é da Companhia Brasileira de Teatro, fundada em 2000 pelo diretor Marcio Abreu, em Curitiba (PR). O espetáculo desembarca em Itajaí no 1º de maio, às 20h, no Teatro Municipal.

Violência e intolerância

No encerramento do 6º Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha, o Teatro Municipal receberá o espetáculo “Nós”, no dia 12 de maio a partir das 20h. Parceria do diretor Marcio Abreu com o grupo mineiro Galpão, um dos mais respeitados do país com 37 anos de história, a peça debate questões atuais, como violência e intolerância, a partir de uma dimensão política.

Enquanto preparam a última sopa, sete pessoas partilham angústias, algumas esperanças e muitos nós. A plateia também é convidada a presenciar situações de opressão e de convívio com a diferença. Estão no elenco os atores: Antonio Edson, Beto Franco, Eduardo Moreira, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André e Teuda Bara.

O Grupo Galpão é um dos que mais circula pelo país, conseguindo chegar a todas as regiões, além de ter se apresentado no exterior. A companhia mineira é patrocinada pela Petrobras.

Lançamento da programação

A programação completa do Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha será lançada oficialmente no dia 02 de abril, às 9h, durante um café da manhã para imprensa no Teatro Municipal. No evento, serão apresentadas as 22 atrações do festival, horários, valores dos ingressos, locais dos espetáculos e demais informações.

Nesta edição, o Festival de Teatro Toni Cunha teve um aumento de quase 30% no número de candidatos com propostas para o evento: foram 535 inscritos. Além das peças convidadas, a curadoria selecionou 20 atrações, sendo sete espetáculos locais e dois de Florianópolis. Os demais grupos virão de Minas Gerais, São Paulo, Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul.

Quem foi Toni Cunha?

O nome do festival é uma homenagem ao artista Antônio Carlos Cunha, sempre lembrado pela classe artística como um facilitador cultural de Itajaí. Filho de Waldemar Cunha e Maria Russi Cunha, Toni foi o terceiro filho do casal. Estudou no Colégio Estadual Victor Meirelles e depois no Nereu Ramos, graduou-se em Pedagogia, foi membro fundador da Academia Itajaiense de Letras, diretor da Casa da Cultura Dide Brandão, trabalhou cerca dez anos na Fundação Cultural de Itajaí e foi o descobridor do poeta Bento Nascimento, entre outras ações

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