Saudades dos palmitos jussara

Saudades dos palmitos jussara
Hoje em perigo de extinção, o palmito jussara imperava na mata Atlântica – DIVULGAÇÃO

(da Redação)

No livro de sua autoria, São José das Palmeiras: Memórias e História”, publicado em outubro de 2015, Zoraide F. da Silva Evangelista de Santana ouviu diversos depoimentos dos primeiros moradores da cidade. Por volta de 1968, quando a região era desbravada, as dificuldades eram enormes, enfrentadas por gente de muita coragem em meio à mata virgem, total falta de estrutura, frio, doenças.

Havia, porém, muito palmito. Tanto, que uma delas afirmou que “aqui a gente comia muito palmito. Jesus! Era palmito pro almoço, a mistura da manhã era palmito e pra variá um poco, fazia pastel de palmito, palmito pro café da tarde, e era palmito, palmito…”

Era tanto palmital que muitos peões extraiam os palmitos sem dó e vendiam para as indústrias.

Claro que não dá saudade daqueles tempos de pioneirismo, a energia humana submetida ao extremo, mas o palmito – e era do bom, jussara – era uma preciosidade. Hoje, em vias de extinção, temos que apelar para o de pupunha.

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