Um belo prédio de 1915 na Curitiba que era Coritiba

(da Redação)

Na Praça Generoso Marques, esquina com rua Riachuelo, está um dos edifícios antigos mais bonitos de Curitiba. O número é o 114, onde, embaixo, funciona o Mercado Matriz.

Fica a poucos metros de uma grande atração curitibana, o antigo Paço da Liberdade, que foi sede da Prefeitura e hoje é administrado – muito bem – pelo Sesc.

Com amplos janelões, sacadas, o prédio foi construído com muito capricho, cheio de detalhes, ornamentos. No alto, uma cúpula e um galo do vento, cata-vento para indicar a direção do vento, muito usado antigamente (sua origem vem da Idade Média).

Bem no alto, também, está a data de sua construção: 1915.

Então, viajemos para lá, para o passado. Em 1915 Curitiba se chamava Coritiba. O Teatro Guaira era Theatro Guayra e eram inauguradas as novas instalações e decoração do antigo prédio (que depois pegou fogo). Acontecia também a inauguração da Praça Zacarias com o busto de Zacarias de Góes e Vasconcelos.

Foi o ano do fim da Guerra do Contestado.

O Presidente do Brasil era Wenceslau Braz, o Governador do Estado era Carlos Cavalcanti, o prefeito era Candido Ferreira de Abreu.

Realizava-se o primeiro campeonato oficial de futebol do sul do Brasil, sagrando-se campeão o International. Disputavam equipes de Curitiba e de Paranaguá.

Começava a chegada a Curitiba e ao Paraná dos primeiros imigrantes japoneses, graças ao empreendedorismo de Mizuno Ryu, que viria a implantar uma colônia agrícola em área com 2.767 hectares doada pelo Governo do Paraná na localidade de Desvio Ribas, em Ponta Grossa (perto da Vila Velha).

Nos cinemas passava o nacional A Moreninha, filmes de Charlie Chaplin (O Vagabundo, Senhorita), O Nascimento de uma Nação, Mártires de Álamo.