Viajando na história de Curitiba

(por Victor Grein Neto)

O bonito edifício, na esquina da rua XV com a Monsenhor Celso, foi construído em 1886 e continua embelezando a cidade de Curitiba. Tem lojas funcionando na parte de baixo, mas em cima, por onde se vai subindo uma velha – e perigosa – escada, não tem nada.

Pensando um pouco, tenta-se imaginar aquela época na capital paranaense, 136 anos passados.

E, pesquisando, verifica-se que o Paraná estava há 33 anos emancipado da Comarca de São Paulo, fato ocorrido no dia 29 de agosto de 1853, data em que o Imperador D. Pedro II sancionava o projeto de lei (a data comemorativa, 19 de dezembro, é na verdade da posse do primeiro Governador, Zacarias de Góes).

Curitiba, essa grande e bonita cidade de hoje, tinha 5.891 habitantes, 308 casas, duas escolas de primeiras letras, 38 lojas de fazendas e armarinhos, 35 armazéns de comestíveis.

O Paraná estava em pleno ciclo da erva-mate.

No dia 2 de maio acontecia a inauguração do Passeio Público, obra para resolver problemas do terreno, que era um banhadão. Era a maior obra pública que se entregava à cidade.

No dia 19 de dezembro, em comemoração à emancipação política paranaense, era acesa a primeira lâmpada elétrica no Paraná – exatamente no Passeio Público.

Curitiba projetava o sistema de bondes puxados por mulas, o que aconteceria um ano depois, em 1887.