Arapoti: campos floridos que produzem muito

Festa para os 64 anos de emancipação

Arapoti, na linguagem indígena significa “campos floridos”. E, realmente, são muitos belos e floridos os campos verdejantes arapotienses – dos Campos Gerais em geral.

Agora, o que admira também é a produção que sai da área territorial, que tem 1.362 km2. Conforme o Ipardes, são 36.000 hectares (uma das maiores produções do Paraná) de soja, 16.000 de trigo, 3.350 de feijão, 5.500 de milho, 1.000 de aveia. Isso além de outras culturas, como cevada, triticale, café, mandioca, caqui, pêssego. A produção leiteira é excepcional, em virtude principalmente das vacas holandesas dos imigrantes holandeses. Outro produto de origem animal abundante ali é o mel de abelhas. As maiores criações, pela ordem de importância, são: galináceos, suínos e bovinos.

Conhecida como Terra da Água, do Mel e do Leite, Arapoti está comemorando dia 18 de dezembro o 64º aniversário de emancipação política e administrativa. A partir de 18 de dezembro de 1955, foi emancipado de Jaguariaíva. E vai ter uma baita festa! A Festa do Peão de Arapoti será de 18 a 22 de dezembro. Além dos rodeios, do parque de diversões, da praça de alimentação, vai ter shows nacionais. No dia 19, Raça Negra, no dia 20, Lucca e Mateus, no dia 21 Diego e Arnaldo, no dia 22 gino e Geno.

Também conhecido como pólo leiteiro, papeleiro e agrícola, o município sedia uma das mais importantes cooperativas agrícolas paranaenses, a Capal Cooperativa Agroindustrial (que, junto com as cooperativas  Castrolanda e Frísia, formam o grupo industrial Union). Fundada em 1960 por imigrantes holandeses, atua na agricultura, pecuária de corte, leite, suinocultura e café.  A indústria papeleira é representada pela gigante mundial Bo Paper, que fabrica papel para impressão de revistas e catálogos – a antiga Inpacel.

Outras empresas estão no parque industrial municipal e produzem móveis, madeiras, mármores, metalurgia, tijolos e lajotas, embalagens, componentes de implementos agrícolas e florestais.

Atrações

São, realmente, muitas, as atrações de Arapoti, além dos campos floridos. Tem as fazendas com suas vacas holandesas, paisagens com saltos e cachoeiras, o Museu da Agricultura, a Igrejinha na Rota do Rosário, a Fazenda Extrema.

Tem o prato típico, que é Lombo de Festa, lombo suíno e proteína de soja, além de outros ingredientes.

Tem as ruínas da Casa Grande, conjunto arquitetônico da Fazenda Boa Vista com mais de 150 anos, do tempo em que foi sede de uma das maiores e mais famosas fazendas de escravos da região. Sepulturas dos escravos, datadas de 1893, são referência para a comunidade quilombola.

Tem a Casa dos Kok, também chamada de Museu da Imigração Holandesa, com traços da cultura da Holanda, mobiliário, vestuário, itens da culinária típica.

O Museu do Trator é uma exposição permanente dos tratores utilizados pelos holandeses desde que chegara a Arapoti, contando com mais de 50 peças.

E – um espetáculo ! – o Cânion do Cerrado oferece passeios e trilhas imperdíveis.

História

Texto da Prefeitura

Arapoti tem suas origens na histórica Fazenda Jaguariaíva do lendário povoador destas paragens, coronel Luciano Carneiro Lobo, cujos campos eram ocupados por criatórios de gado e serviam como pouso para tropas vindas do Sul. Como Distrito do Cerrado pertencente ao município de Jaguariaíva, teve alavancado seu desenvolvimento a partir de 1910, com a instalação de uma serraria e fábrica de papel da Southern Brazil Lumber & Colonization Companye, e, logo depois, em 1912, com a chegada do Ramal Ferroviário do Paranapanema, que, atravessando a fazenda Capão Bonito, possibilitou a fixação de moradores em torno da estação ferroviária de nome “Cachoeirinha”.

Vivendo os ciclos econômicos do café produzido em grande escala na região do Norte Pioneiro do Paraná, e o ciclo da madeira, recebeu, a partir de 1916, imigrantes de origem espanhola e polonesa, emancipando-se como Município e Cidade de Arapoti, a 18 de Dezembro de 1955.

Em 1960, foi a vez da imigração holandesa, que fundou a Cooperativa Agro-Industrial (CAPAL), integrante do grupo ABC do complexo Batavo, que transformou o município em um pólo de alta tecnologia em agricultura e pecuária com destaque para a produção de soja, milho, trigo, suínos, frangos e gado holandês leiteiro de alta linhagem.

Mais recentemente, a instalação da Arapoti Indústria de Papel S.A. (antiga Inpacel) fez surgir, no município, uma das mais modernas indústrias papeleiras do país, que produz papel para impressão de revistas e catálogos. Em 2015 a chilena Papeles Bio Bio, atual BO Paper, adquiriu 80% da unidade industrial de Arapoti. o mesmo grupo que havia adquirido anteriormente a Pisa Papel de Imprensa S/, entre 2013 e 2014.

O município adquiriu seu nome do cacique Arapoti, cuja tribo, de língua tupi e catequizada pelos jesuítas, constituiu a redução de São Francisco Xavier, às margens do rio Tibaji. “Arapoti”, traduzido do tupi, significa “Campos-floridos”.

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