Ateliê de Esculturas faz a fundição de 260 quilos de bronze para três obras históricas

Ateliê de Esculturas faz a fundição de 260 quilos de bronze para três obras históricas
Foto: Daniel Castellano / SMCS

(PREFEITURA DE CURITIBA)

O Ateliê do Memorial Paranista da Prefeitura, no Parque São Lourenço, fez nesta sexta-feira (14/11) o derretimento de 260 quilos de bronze para três obras de arte que irão compor a paisagem urbana da cidade: o relevo do rosto do urbanista Jaime Lerner (1937-2021), ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná, e os bustos da poeta Didi Caillet (1907-1982) e do músico Frédéric Chopin (1810-1849). Foi a maior fundição realizada no Memorial desde a inauguração do local, em maio passado.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, acompanhou o processo. “O bronze fundido vai eternizar a memória de Jaime Lerner e da nossa musa e artista (Didi Caillet). Eu estou muito feliz por ver isso acontecer e por ter construído esse memorial que abriga um moderno ateliê de esculturas”, declarou Greca.

O processo é totalmente artesanal, comandado pelo escultor Elvo Benito Damo, funcionário da Fundação Cultural de Curitiba e responsável pelo Ateliê de Escultura. O artista conta com apoio de uma equipe de escultores.

Para conseguir o ponto certo, o bronze precisa estar em uma temperatura de 1.200 graus Celsius. O derretimento é feito dentro dos fornos subterrâneos do ateliê. Quando o metal vira líquido, é despejado por uma grua dentro dos moldes, onde ficam por 48 horas até a solidificar completamente.

“O molde é feito em cera de abelha e depois revestido por massa refratária. Em seguida, essa massa é derretida em alta temperatura para derreter toda a cera. Assim, o bronze entra no molde no lugar da cera, formando a peça”, explica Elvo Damo.

As peças

A obra que homenageará Jaime Lerner é um relevo de autoria do escultor Rafael Sartori e será instalada na Ópera de Arame. Ela tem aproximadamente 1,15m x 0,90m e foi fundida em partes que serão montadas depois.

A peça apresenta Lerner como figura central e tem como pano de fundo elementos como a Ópera de Arame, o Jardim Botânico, o Teatro do Paiol e o Bondinho da Rua das Flores (criações do arquiteto), além de araucárias.

Didi Caillet

O busto de Didi Caillet foi furtado há muito tempo (não se sabe exatamente a data) da praça que leva o nome dela, no Centro Cívico. Ele havia sido instalado no local em 1995, na inauguração da praça.

A obra de 1931 é de autoria do escultor Zaco Paraná. Foi produzida no Rio de Janeiro. O original de bronze, com 60 x 40 x 30 cm, foi emprestado da família Leão (Didi Caillet foi casada com Luiz Leão) para que fosse feito, no Memorial Paranista, o molde em silicone.

Agora, com a fundição, está nova peça irá para acervo expositivo do Memorial de Curitiba e uma versão em granito será instalada novamente na praça. A reprodução dessa obra é feita a partir de uma reprodução em 3D.

Didi Caillet (Marie Delfine Caillet), nasceu em Curitiba, residiu no Rio de Janeiro e passou seus últimos anos na cidade natal. Personagem histórica, ficou conhecida por ter sido a primeira paranaense a disputar o Concurso Miss Brasil, no Rio de Janeiro, em 1929 – ficou em segundo lugar.

Em seu retorno a Curitiba foi recebida com honras e festas por mais de 30 mil pessoas. Poetisa, editou livros e foi a primeira artista a gravar um disco de poesias declamadas no Brasil.

Chopin

O busto de Frédéric Chopin será instalado no Largo Embaixador Bernardo Pericás Neto (pátio da Capela Santa Maria). Ele foi reproduzido a partir de uma obra original, com molde em silicone.

A presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro, e o presidente do Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Marino Galvão Junior, também acompanharam o trabalho de fundição das peças no Memorial Paranista.

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