Borrazópolis quase sumiu do mapa em 1992
APÓS A TEMPESTADE DO CORONAVÍRUS, UM ARCO-ÍRIS COM POTES DE OURO
Ninguém iria dar o nome de Borrazópolis a uma cidade se não houvesse um bom motivo. É que um dos pioneiros, que muito contribuiu para o seu desenvolvimento, chamava-se Francisco José Borraz.
Pois Borrazópolis quase virou um borrão no mapa das cidades paranaenses, ou, por outra, quase sumiu do mapa, no dia 22 de maio de 1992, há exatos 28 anos. Ventos de mais de 100 quilômetros varreram a cidade. Era noite e tudo ficou no escuro. Casas, posto de gasolina, armazéns, escolas, o ginásio de esportes, a rodoviária, postes de eletricidade, viraram destroços. Árvores foram arrancadas pelas raízes, veículos foram destruídos. Por toda parte – e isso pode ser bem notado no dia seguinte – pedaços de tijolos, telhas, árvores, móveis, louças.
De noite mesmo, bombeiros e policiais civis correram para socorrer as pessoas, o hospital – também atingido – ficou lotado, médicos e enfermeiras trabalhando a luz de velas.
Mais de 1.500 pessoas ficaram desabrigadas, houve centenas de feridos e 12 mortes, a maioria com traumatismo craniano.
Mas Borrazópolis, com a sua gente trabalhadora e algum auxílio governamental, recuperou-se da tragédia. Assim como vai recuperar-se, agora, do covid-19.
O município, com 338 km2 e 635 metros de altitude, planta soja em 13.700 hectares, trigo em 7.200, milho em 4270, além de aveia, feijão, tomate, mandioca, fumo, café, abacate, banana. Tem ainda importantes criações de galináceos, bovinos, suínos e ovinos e uma boa produção leiteira. O cultivo do tomate em estufas está em expansão.
No parque industrial, destacam-se empresas produtoras de doces caseiros, móveis, metalurgia, confecções. Uma empresa, a Boneca de Pano, produz bichos de pelúcia. Com Mostruário Virtual, vende para todo o Brasil.
Filho ilustre
Quem deixa a cidade mais bonita com suas esculturas é o artista Roverson Turek. Estão ali o Monumento aos Pioneiros, a Família, a Mulher.
