Cooperativas e associações de agricultores familiares vendem produção na Ceasa

A constituição de cooperativas e associações tem se mostrado uma importante ferramenta para produtores familiares. Por meio dessas organizações as famílias rurais conseguem se inserir no mercado e melhoram suas condições de vida. A cooperação é a alternativa para manter a produção e uma vida digna na área rural. Na Região Metropolitana de Curitiba existem 2.500 famílias organizadas em torno de 50 instituições. Desde o mês de maio sete dessas organizações estão vendendo a produção no Espaço do Produtor, na Ceasa de Curitiba. A cada semana o volume negociado pelas organizações chega a 12 toneladas de hortaliças e frutas, além de produtos minimamente processados.

Todas as cooperativas e associações presentes na Ceasa integram o Prodam (Programa de Desenvolvimento Agroalimentar Metropolitano) que conta também com a participação de instituições públicas como o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater), a Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Curitiba (SNSAN) e o Sebrae.

O IDR-Paraná designou um técnico para realizar o trabalho de acompanhamento das cooperativas e promover a articulação entre as organizações e a CEASA. Dalvan Mallmann está lotado no escritório da Ceasa/Curitiba desde o início de maio, a partir de um termo de cooperação entre IDR e CEASA-PR. Segundo ele, o trabalho do Instituto é dar suporte às organizações e possibilitar que o acesso a este mercado traga resultados práticos para as cooperativas e, consequentemente, para seus cooperados. É uma ação que também envolver um grande número de técnicos do IDR-Paraná que, no dia a dia, estão acompanhando a produção das cooperativas e dando orientações técnicas aos associados.

Mallmann ressalta que o objetivo do programa é facilitar o ingresso dessas organizações à CEASA de Curitiba, com destaque ao Mercado do Produtor, que vinha sendo utilizado por produtores individuais.  As cooperativas possuem uma grande variedade de produtos como frutas, verduras, legumes, cogumelos, produtos processados e minimamente processados. Além de fortalecer a comercialização e gerar mais renda para as famílias cooperadas, a presença das organizações na Ceasa permite uma aproximação maior entre as cooperativas, a troca de experiência e o fortalecimento de redes de cooperação.  De acordo com Mallman, o desafio é tornar este espaço uma referência dentro do Mercado do Produtor, com a oferta de produtos de qualidade, boa apresentação, e inovação dos serviços na Central. 

O projeto resolve, em parte, o grande gargalo da comercialização para as associações e cooperativas que muitas vezes têm pouco acesso ao mercado. Ultimamente muitos produtores tinham nas vendas institucionais, como o Programa de Alimentação Escolar (PNAE) do Estado e das prefeituras, uma das poucas fontes de renda mensal. No entanto, esse mercado tem alguma sazonalidade por ocasião das férias escolares. Desta forma, o Espaço do Produtor na Ceasa é visto como uma oportunidade de o produtor aumentar sua renda durante todo o ano.

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