Editais da Reserva Hídrica do Futuro da Grande Curitiba são lançados

Editais da Reserva Hídrica do Futuro da Grande Curitiba são lançados
O prefeito em exercício Eduardo Pimentel, e o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, foram informados pelo diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, sobre a abertura dos editais da Reserva Hídrica do Futuro. Foto: Jonathan Campos.

(PREFEITURA DE CURITIBA)

A Reserva Hídrica do Futuro avança com mais uma etapa do projeto que irá interligar as antigas cavas do Rio Iguaçu, na Região Metropolitana de Curitiba, favorecendo a formação de lagos que poderão suprir o abastecimento de água para a população em momentos de estiagem. A iniciativa é uma parceria da Prefeitura de Curitiba e Governo do Estado do Paraná, através da Sanepar, Instituto Água e Terra (IAT) e Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).

A Sanepar abriu, na última segunda-feira (17/10), edital de chamamento público para estudos e projetos que permitirão o desenvolvimento de ações de recuperação ambiental da Bacia do Rio Iguaçu, na Grande Curitiba. O objetivo é implantar e conservar as várzeas do Rio Iguaçu, a partir de Soluções baseadas na Natureza (SbN), visando a melhoria da qualidade das águas do Rio Iguaçu.

Também na última segunda-feira, o prefeito em exercício de Curitiba, Eduardo Pimentel, e o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, foram informados pelo diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, sobre a abertura dos editais da Reserva Hídrica do Futuro.

Pimentel destacou a importância da parceria entre Sanepar, Governo do Estado e municípios para a preservação do Rio Iguaçu, visando a conservação da água para as gerações futuras, e também a ocupação organizada dessa área.

“É importante que todos os municípios tenham a mesma atuação na Região Metropolitana para a preservação do Iguaçu”, salientou o prefeito em exercício de Curitiba, que também é presidente do Programa de Desenvolvimento Produtivo Integrado da Região Metropolitana de Curitiba (Pró-Metrópole).

Lotes

O edital está dividido em três lotes, com custo em torno de R$ 7 milhões na contratação de estudos e projetos pela Sanepar. O prazo para envio de propostas é 1.º de dezembro. A publicação do resultado final está prevista para 23 de janeiro de 2023 e a assinatura dos termos de cooperação, para 20 de fevereiro.

O primeiro lote prevê estudos sobre o Rio Açungui, que delimita os municípios de Campo Largo, Campo Magro e Itaperuçu, a fim de identificar os possíveis usos da bacia, incluindo o de abastecimento público.

No segundo estão previstos estudos e anteprojetos, tendo em vista a melhoria da qualidade da água in natura do Rio Iguaçu, através de soluções baseadas na natureza e, também, promovendo a conservação dos remanescentes florestais e áreas úmidas, desde suas nascentes até o município de Porto Amazonas.

O terceiro lote refere-se a estudos e projetos relacionados à disponibilidade hídrica do Rio Iguaçu, identificando os potenciais usos de suas águas, correlacionadas às necessidades e demandas, para atendimento da Região Metropolitana de Curitiba.

“O projeto Reserva Hídrica vai contribuir para que a Região Metropolitana de Curitiba tenha resiliência hídrica, deixando um legado de conservação dos recursos naturais para as próximas gerações”, afirmou o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.

Pioneirismo curitibano

A área total da Reserva Hídrica do Futuro é de 200 quilômetros quadrados, com 50 km² de área de águas e lagos, entre Balsa Nova e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, que poderá reservar até 43 bilhões de litros de água para serem utilizados no abastecimento regional em situações emergenciais de estiagem.

Em toda a área será formado um corredor ecológico, com preservação da fauna e da flora e a implementação de elementos urbanísticos e áreas de lazer e turismo.

Em 2021, o prefeito Rafael Greca assinou o Decreto Municipal nº 1.478/2021 que instituiu um grupo de trabalho da Reserva Hídrica do Futuro em Curitiba, que é coordenado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Na capital, as ações de implantação da Reserva deverão se concentrar em duas etapas. A primeira fica entre o Rio Barigui e a BR-277, abrangendo os bairros Caximba (Reserva da Vida Silvestre), Campo de Santana, Umbará e Ganchinho. Os trabalhos já se iniciaram com a alteração de zoneamento no trecho e a negociação com os proprietários dos terrenos da região.

Já o segundo trecho vai da BR-277 até o Rio Atuba, passando pelos bairros Alto Boqueirão (Zoológico), Boqueirão (Parque Náutico), Uberaba (Parque da Imigração Japonesa) e Cajuru (Parque Peladeiros e Cajuru).

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