Florestas protegem Aquífero Karst no Vale do Ribeira

A cadeia produtiva madeireira no Vale do Ribeira, nas cidades paranaenses de Bocaiúva do sul, Tunas do Paraná, Colombo, Doutor Ulysses,emprega muitas atividades, desde fornecedores de tratores e equipamentos, tratamentos silvícolas, genética de sementes, transportadores, mão de obra braçal. As plantações de pinus, eucaliptos e bracatingas se espalham subindo as terras íngremes da região. Destaque-se que essas florestas tem um valor ambiental inestimável. Elas protegem o Aquífero Karst, muito importante para o fornecimento de água doce, responsável por cerca de 38% da água usada para consumo humano na região.

O  Aquífero Karst  se  caracteriza pelo acúmulo de água em fraturas e cavernas originadas pela dissolução de rochas calcáreas. Quando chove, uma parte dessa água penetra no solo e, através de fendas, se infiltra nas rochas.  Em  contato  com  a  água,  o  calcário  se  dissolve  lentamente,  formando  espaços  vazios. Esta mesma água circula apenas nesses espaços vazios dos calcários, pois as outras rochas que estão ali presentes (filitos, quartzitos e diabásios) não sofrem o desgaste provocado pelo líquido. Formam-se,   assim,   os   reservatórios   de   água   subterrânea   do   Aquífero   Karst   com   uma característica  única:  a  disposição  das  rochas  dividiu  o  aquífero  em  compartimentos,  como  se fossem favos de mel, que não se ligam entre si. A área aproximada do Aquífero Karst é de 5.740 km2, abrangendo, total ou parcialmente, os  municípios  de  Campo  Magro,  Campo  Largo,  Almirante  Tamandaré,  Itaperuçu,  Rio  Branco  do Sul, Colombo, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Tunas do Paraná, Doutor Ulisses e Adrianópolis, ao norte da Região Metropolitana de Curitiba, além de Castro e Ponta Grossa.

Cuidados

Em 1995, como era grande o déficit de água doce no município de Colombo, a Sanepar começou a explorar o Aquífero Karst, tendo perfurado mais de 50 poços tubulares. Os impactos ambientais foram violentos, como rebaixamento do nível do lençol freático, com riscos de rebaixamento ou desabamento do solo; secamento ou diminuição fa vazão das fontes e riachos da região; secamento ou rebaixamento de lagos e reservatórios, diminuição de água disponível para produção agropecuária; ocorrência de rachaduras e desabamento em construções da região (decorrentes do rebaixamento do solo).

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