Funcart dança para comemorar os 89 anos de Londrina

Funcart dança para comemorar os 89 anos de Londrina
Foto: Fábio Alcover

Texto: Assessoria de Imprensa da Funcart

Cartões postais de Londrina irão receber um movimento especial neste aniversário. Isso porque a comemoração será tripla: além dos 89 anos do município, o Ballet de Londrina e a Escola Municipal de Dança completam, juntas, neste dezembro, três décadas de trajetória ininterrupta. Para celebrar as efemérides, a Funcart leva duas de suas mais recentes produções para espaços abertos, em apresentações gratuitas. No sábado (9), às 17h30, o público poderá assistir ao pôr-do-sol no Palco Flutuante do Lago Igapó I (acesso pela rua da Canoagem) com dezenas de bailarinos encenando uma suíte de “O Lago dos Cisnes”, da Escola Municipal de Dança. Já na segunda-feira (11) é a vez do Ballet de Londrina eletrizar o centro histórico com a apresentação de “Bora!” na Concha Acústica (rua Piauí, 130), às 19h. A Fundação Cultura Artística de Londrina tem patrocínio da Prefeitura e, nesta programação, conta com a parceria do Festival de Dança de Londrina.

Clássicos flutuam sobre o Igapó – Com direção geral de Luciana Lupi e direção artística de Marciano Boletti, a versão integral de “O Lago dos Cisnes” lotou quatro sessões do Teatro Ouro Verde na última semana. As repercussões nas redes sociais e na imprensa, além dos inúmeros aplausos em cena aberta, já atestam a montagem como um dos sucessos recentes da Escola. No palco do Lago Igapó, será apresentada uma suíte com cerca de uma hora de duração, reunindo o 2º e 4º atos na íntegra. “É um presente que a gente entrega à cidade no seu aniversário e, ao mesmo tempo, uma forma de agradecer ao público que também sempre abraçou a nossa história”, antecipa Lupi, coordenadora da EMD.

Esses são trechos do balé de repertório que se passam justo no cenário do lago dominado pelo Mago Rothbart, vilão que transforma a princesa Odette e seu séquito em cisnes. Apenas em algumas horas da noite, a princesa retorna à forma humana. O feitiço só pode ser quebrado por um homem que a ame. É aí que entra em cena o príncipe Siegfried, que descobre o segredo da bela moça em uma de suas caçadas às margens das águas. Apaixonado, ele promete que a libertará de sua cruel condição. O mago, entretanto, traça uma nova estratégia: transforma sua filha Odile em uma mulher idêntica a Odette e apresenta-se como cavaleiro e pai da moça na corte do príncipe, confundindo-o. Enfeitiçado por Odile, Siegfried quebra o juramento. Amparada pelos cisnes brancos, Odette lamenta sua má sorte e só compreende a situação quando o príncipe chega e explica as trapaças às quais foi submetido pelo mago. Ela o perdoa e eles renovam os votos de amor.

O casal protagonista será interpretado por Matheus Nemoto (convidado do Ballet de Londrina) e pela bailarina Lara Bera Santini. A adaptação londrinense do clássico de Tchaikovski, montado originalmente pelo Teatro Bolshoi de Moscou no fim do século XIX, traz centenas de figurinos inéditos. O Palco Flutuante do Lago Igapó receberá tablado, linóleo e tratamento especial para a performance dos dançarinos. O público poderá ficar nas arquibancadas e também no gramado nas laterais do espaço.

Bora! para a Concha – As luzes frias do centro da cidade e a verticalidade dos prédios em torno da Concha Acústica são o espaço propício para a apresentação de “Bora!”, montagem do Ballet de Londrina que estreou em 2022 com coreografia do premiado Henrique Rodovalho e figurinos de Cássio Brasil. “A Concha representa muito na história da nossa cidade. Para esta celebração, a gente queria que fosse um espaço que já tivesse sido palco de muitas apresentações e manifestações”, explica o diretor da companhia, Marciano Boletti.

Animado pela música eletrônica do compositor japonês Aoki Takamasa e do multiartista português Komet, o espetáculo é, ao mesmo tempo, leve, irônico e contagiante. Produzido a partir das reflexões do pós-pandemia, que lançou a humanidade no hostil ambiente virtual, “Bora!” se apresenta como um chamado para ir adiante, mas também lança a pergunta: avançar para onde? Por meio desta aparente contradição, faz um estudo irreverente sobre o movimento do homem na pós-modernidade – contexto de fim das utopias e de relações líquidas.

Desde a estreia, a companhia oficial da cidade já realizou mais de trinta apresentações e chegou a São Paulo (capital) em julho deste ano, com repercussão muito positiva do público e da crítica especializada. O cenário, assinado pelo coreógrafo e por Renato Forin Jr., levará à Concha Acústica estruturas luminosas que contornam um vazio branco reflexivo. Ele remete à imensidão do espaço virtual, como se os dez bailarinos dançassem sobre uma grande tela.

A coreografia impressiona pelo dinamismo e pela capacidade de criar sequências como fotografias cinéticas, que revelam a fragilidade dos afetos no século XXI, entre o desejo de pertencimento e a necessidade de manter a individualidade. É possível identificar o “efeito manada” das redes sociais, que, ao mesmo tempo em que garantem o sentimento de integração com grupos de pensamento parecido, é o ambiente da solidão, dos cancelamentos, das bolhas e dos haters.

O Ballet de Londrina tem direção de produção de Danieli Pereira e o elenco é formado por Alessandra Menegazzo, Ariela Pauli, Higor Vargas, Ione Queiroz, José Villaça, Matheus Nemoto, Nayara Stanganelli, Peter Levi, Viviane Terrenta e Wesley Silva. A apresentação na Concha Acústica integra a Mostra Cultural Funcart, que tem patrocínio da Itaipu Binacional.

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