Greening, uma terrível ameaça sobre os laranjais do Paraná

Greening, uma terrível ameaça sobre os laranjais do Paraná
O efeito devastador do greening – DIVULGAÇÃO (PMP)

(PREFEITURA DE PARANAVAÍ)

Capital da laranja. O “título” que Paranavaí tanto lutou para conquistar nunca esteve tão ameaçado. A citricultura, que é responsável por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) da cidade, pode sumir do mapa em até cinco anos. O motivo? Uma doença causada por uma bactéria chamada greening.

O greening é considerado a mais destrutiva doença da citricultura na atualidade. A doença, que não tem cura e já está presente nas Américas, África e Ásia, além de ser de difícil controle e se disseminar rapidamente, é altamente destrutiva aos pomares.

No estado da Flórida, nos Estados Unidos da América, que já foi referência na produção de suco de laranja, o pior dos exemplos: o greening destruiu a citricultura do estado, que teve em 2022 sua pior safra desde a identificação da doença, em 2005.

Os primeiros casos no Brasil foram identificados no interior de São Paulo, mas agora se espalha fortemente pelo noroeste do Paraná. Cidades como Paranavaí, Nova Esperança, Alto Paraná, Nova Aliança do Ivaí e São João do Caiuá já estão em estado de alerta.

“A dificuldade mais uma vez bateu a nossa porta e não podemos nos esconder. Assim como foi com a pandemia, vamos enfrentar os problemas e resolvê-los. Criaremos um gabinete de crise e faremos tudo que pudermos para conter o avanço da doença. Estaremos ao lado dos produtores, trabalhando dia após dia, para que a citricultura permaneça firme e forte e Paranavaí. Esse setor é responsável por grande parte da nossa economia, gerando emprego, renda e riqueza na nossa cidade. Há uma cadeia produtiva muito grande envolvida, por isso, não descansaremos enquanto as medidas necessárias não forem tomadas. O trabalho começa imediatamente”, disse o prefeito KIQ.

Greening é causado por bactéria que pode ser transmitida por um inseto vetor ou pelo uso de borbulhas de plantas doentes que dão origem a mudas contaminadas. O inseto se hospeda em todas as variedades cítricas e nas plantas ornamentais de murta.

Medidas e procedimentos aplicados para o controle do inseto vetor e da disseminação da doença em Minas Gerais:

  • cadastro e inspeção de propriedades produtoras de citros;
  • cadastro e definição de regras para construção das instalações dos viveiros destinados à produção de mudas cítricas;
  • emissão da Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), fundamentada no CFO/CFOC, com Declaração Adicional que a carga está isenta do Greening;
  • fiscalização dos documentos sanitários exigidos para o transporte de vegetais e material de propagação de citros;
  • proibição da produção, comércio e trânsito de material de propagação de plantas de murta.

Nos casos de suspeita do Greening, o escritório do IMA deve ser comunicado rapidamente.

A bactéria causadora do Greening se desenvolve dentro da planta e obstrui a distribuição da seiva elaborada (floema) que causa, inicialmente, o aparecimento de um ramo com folhas amareladas destacando-se dos demais de folhas verdes. Com a evolução da praga, outros ramos produzem o sintoma e ocorre a desfolha, seca e morte dos ponteiros das árvores.

Ocorre a deformação, maturação irregular, redução e queda de frutos. Em alguns casos aparece, na casca do fruto, manchas redondas e amarelas. Internamente, pode ocorrer uma diferença na maturação dos lados e a parte branca da casca apresentar uma espessura maior do que a de um fruto sadio.

Para o Greening não há tratamento. A planta afetada deve ser erradicada e não podada, pois a bactéria que ataca o sistema vascular, responsável pelo transporte da seiva elaborada, já encontra-se no interior da planta.

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