Método “Selo Ciclo Verde” tem se mostrado uma boa opção para a solução dos resíduos nas empresas

Método “Selo Ciclo Verde” tem se mostrado uma boa opção para a solução dos resíduos nas empresas
Foto: As irmãs Paraguassu Soares de Abreu (Química, Perita Ambiental e Especialista em Gestão de Resíduos) e Potira Soares de Abreu (Bióloga, Especialista em Gestão Ambiental e Mestre em Desenvolvimento Regional Sustentável)

Foi após participarem de um congresso que a especialista em gestão de resíduos e perita ambiental, Paraguassu Soares de Abreu, e a bióloga Potira Soares de Abreu, decidiram trazer para Francisco Beltrão, o método conhecido por “Selo Ciclo Verde”.

As irmãs são proprietárias da empresa Ciclo Ambiental e conheceram neste congresso, há dois anos, um empresário que criou o método Ciclo Verde, que consiste numa série de ações adotadas dentro da empresa visando a redução de custo com destinação dos resíduos, agregando valor ao material reciclável podendo projetar a empresa para uma forma mais sustentável. O projeto tem como meta principal a educação ambiental, além de alavancar a imagem da marca que o possui, gerando benefícios ao meio ambiente e à sociedade.

Algumas empresas de Beltrão como a Panificadora Bom Bocado, o Restaurante Restauro e o Boteco Choppbel já foram apresentadas e certificadas com a implantação do Método em suas empresas.

Paraguassu explica que o método é aplicado para que a empresa tenha uma gestão de completa nos resíduos gerados, sendo todos segregados, classificados e quantificados. “Nós monitoramos o resíduo desde o momento em que ele é gerado seu destino final, sempre priorizando empresas certificadas com destino ambientalmente correto. Essa é a nossa preocupação, que o resíduo complete o ciclo e que ele volte a se tornar um novo produto”.

Os benefícios do método são inúmeros, entre eles o de diminuir a quantidade de resíduos levados aos aterros sanitários. “É preciso fazer uma análise pertinente aqui. Quando são misturados resíduos orgânicos com recicláveis, a empresa que faz a coleta de recicláveis não leva porque esse material vai estar contaminado, tornando-se rejeito [lixo para aterro sanitário]. E o método vem para transformar aquilo que é um problema dentro das empresas pois com o treinamento dos colaboradores envolvidos no processo, a separação é feita de forma correta, potencializando possíveis resíduos que se tornariam rejeitos, sendo encaminhados para a reciclagem gerando receita para as empresas. O dinheiro que o empresário “enterrava”, agora ele utiliza melhor dentro da própria empresa, ao mesmo tempo em que ele pratica a sustentabilidade ambiental”, afirma Paraguassu.

Tempo médio de aprendizagem e aplicação

O processo de implantação do método Ciclo Verde nas empresas dura em média 3 a 4 meses. Após esse período, a empresa recebe o certificado de “Gestão de Resíduos de Excelência”. Com isso, o empreendimento pode mostrar aos seus clientes suas responsabilidades com todo e qualquer resíduo gerado dentro de seu estabelecimento, reduzindo o impacto ambiental.

A jovem empresária Zélia Mascarello, do Boteco Choppbel, e coordenadora do Núcleo Multissetorial de Empresas Novas, vinculado à Associação Empresarial (Acefb), entendeu rapidinho os benefícios diretos e indiretos que método pode resultar. Há pouco mais de quatro meses ela e seus funcionários passaram por um treinamento para aplicar o método na empresa. Ela conta que a maior dificuldade que havia era na separação correta do lixo. “Os catadores dos recicláveis não queriam levar os materiais caso tivesse tudo misturado, algo como vidro, plástico e papel. Quando elas me apresentaram o método, aceitei na hora. Percebemos que facilitou muito a nossa vida e para o meio ambiente, pois precisamos continuar pensando nas próximas gerações, diminuindo ao máximo qualquer lixo na natureza”.

Conforme Zélia, o valor recebido da cooperativa de reciclagem é simbólico, contudo vale o investimento feito, pois ela e seus 13 funcionários passaram a entender como funciona o método. “Tirou toda a incomodação que tínhamos antes”, destaca.

Mas no começo houve certa resistência dos funcionários para que seguissem ao método. “Todos somos responsáveis em separar os resíduos. Minha intenção é conscientizar outros empresários sobre a importância desse projeto ambiental. O método só se torna viável quando o empresário aceita e cumpre com todas as determinações e quando os colaboradores atuam no mesmo sentido. São coisas simples que adaptamos à rotina da nossa empresa”, completa.

A implantação do Método dentro das empresas envolve várias etapas:

– Treinamento de colaboradores;

– Logística e colocação de lixeiras;

– Adequação de espaço de armazenamento de resíduos;

– Venda dos materiais recicláveis que a empresa produz mensalmente para recicladoras.

Marketing verde

Hoje em dia, sabe-se da problemática que os resíduos representam para as empresas, então porque não transformar o problema em atitudes que tragam resultados positivos para as empresas? “Com a gestão de resíduos de excelência podemos demonstrar os dados coletados em campanhas publicitárias, postagens em redes sociais, promovendo a consciência do público em geral, atraindo clientes em potencial”, comenta Potira.

Para a especialista, projetar a empresa nessa pegada de sustentabilidade ambiental é uma forte tendência, pois existem muitas organizações preocupadas com a responsabilidade socioambiental. “Cada um de nós é responsável pelo resíduo que gera. O problema do lixo não acaba quando colocamos o mesmo na lixeira fora de casa, muito pelo contrário, o problema só está começando”, finaliza Paraguassu.

A Ciclo Ambiental é uma empresa genuinamente beltronense e atua com licenciamento e monitoramento ambiental, sustentabilidade empresarial, fauna, flora, água e gestão de resíduos sólidos e líquidos. Outras informações, assessoria ou diagnóstico em empresas – (46) 9 9108-5655.

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