Nova Esperança prestes a ser a “Capital Nacional da Seda”
(da Redação, com informes do Senado Federal)
Dependendo agora apenas da sanção presidencial, Nova Esperança passa a ser a “Capital Nacional da Seda”. O projeto, de autoria do deputado Rubens Bueno, foi aprovado pelo Senado Federal.
O município produz 328 toneladas de casulo de bicho da seda por safra, destacando-se como a maior produtora da América Latina. O Paraná é o maior produtor brasileiro com 84% de cada safra e Nova Esperança é responsável por 15% de tudo o que é produzido.
Desde 2026 Nova Esperança, por meio de lei estadual, é a capital paranaense da seda e agora está prestes a receber o título nacionalmente.
O relator na Comissão de Educação, senador Flávio Arns, ressaltou que a concessão vai contribuir para a preservação da cultura e para o desenvolvimento da produção de seda, conhecida como sericicultura.
O desafio é não permitir que a sericicultura perca espaço com o passar do tempo. A expectativa é de que com a visibilidade, que a concessão do título trará ao município, mais investimentos serão atraídos, impulsionando a geração de empregos no setor, especialmente pela sensibilização dos mais jovens para a sucessão familiar.
História
Em seu relatório, o senador observa que a cultura da seda é relativamente antiga no Brasil, tendo surgido por volta de 1840. A partir da Segunda Guerra Mundial, quando os principais países produtores de casulos – como a China e o Japão – estiveram envolvidos no conflito, o Brasil passou a se destacar na produção de fios de seda.
No estado do Paraná, segundo o parlamentar, a criação do bicho-da-seda já ocorria, em Londrina, desde a década de 1930. A crise cafeeira e a intensa mobilidade da população rural, associadas a políticas estaduais e municipais destinadas ao desenvolvimento da sericicultura, acabaram por deslocar, a partir da década de 1980, o eixo produtivo de São Paulo para o Paraná.