O café em Nova Fátima e no Norte Pioneiro é especial

O café em Nova Fátima e no Norte Pioneiro é especial
Foto de Gabriel Rosa - AEN

(da Redação)

O Paraná, que já foi o maior produtor mundial de café (Londrina era a “Capital mundial do café”), continua produzindo o ouro verde, especialmente no Norte Pioneiro.

Em Nova Fátima, por exemplo, com apoio do Governo do Estado (IDR Paraná) e da Prefeitura, vai ser realizado no dia 17 de março o 2º Seminário Municipal da Cafeicultura. Será no Clube dos 50 com os seguintes temas: Aplicação de Calcário em Lavouras de Café e Lavoura de Café Consorciada com Abacate.

Nova Fátima tem no café a sua cultura permanente, com área de 301 hectares, conforme dados do Ipardes (seguindo-se a laranja, com 23 hectares). As grandes plantações, porém, são de soja, trigo, milho e cana-de-açúcar.

A área territorial de Nova Fátima é de 283 km2, estando o município numa altitude de 666 metros.

Café no Norte Pioneiro

(AEN)

Com o passar dos anos, e depois da última grande geada, a relação do Estado com a cafeicultura mudou. O Paraná passou a ser reconhecido não pela quantidade da produção, mas pela qualidade do seu café.

Um dos primeiros marcos deste novo momento foi a certificação de Identificação Geográfica (IG) concedida em 2012 pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) aos produtores de cafés especiais de 45 municípios do Norte Pioneiro. Com a adoção de processos que garantem a rastreabilidade e a qualidade do produto, o café da região vem ganhando mercado nas cafeterias especiais e prêmios em concursos regionais e nacionais.

“O Paraná chegou a ser um dos maiores produtores de café do mundo décadas atrás. Mas não era reconhecido por ter um bom produto quando era comparado a outras regiões. Agora é o contrário. Temos uma produção muito menor em volume, mas que fornece um sabor único, de qualidade muito maior”, explicou o produtor e presidente da Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Lavrinha de Tomazina, Jonas da Silva.

Para isso, os agricultores locais tiveram que adotar novas técnicas de produção, além dos processos de rastreabilidade exigidos pela Indicação Geográfica. Uma delas é a colheita do café ainda no pé, ao invés do café caído no chão. Outra é o processo mais alongado de secagem do grão em terreiros solares, que podem levar até 20 dias. As técnicas permitem uma melhor maturação do grão, proporcionando mais sabor à bebida.

O trabalho dos agricultores locais se soma às características geográficas da região, ideais para a produção de cafés especiais. O Norte Pioneiro alia uma boa altitude, a mais de 500 metros do nível do mar, a temperaturas médias que variam de 19ºC a 22ºC ao longo do ano, o que também impacta no sabor do café.

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