O pinheiro que caiu em Cruz Machado depois de 750 anos|

O pinheiro que caiu em Cruz Machado depois de 750 anos|
O pinheiro que deixa saudades

(da Redação)

Após anos ao sabor de diversas eras, enfrentando tempestades, borrascas, frio intenso, calor, eis que os fortes ventos que uivaram na última semana (acompanhados por recordes de chuvas) fizeram-na tombar. E então a maior araucária do Paraná, com idade aproximada de 750 anos, 42 metros de altura, 36 metros de tronco, a 14 quilômetros da sede urbana de Cruz Machado, deixou de existir. Para tristeza da cidade que a tinha como atração turística, para todas aquelas pessoas que a valorizavam por sua beleza majestática, por fazer parte de um longo período de História e da cultura.

A Prefeitura informa que na mais recente postagem feita nas redes sociais, no dia 6 de outubro, foram atingidas mais de 67 mil pessoas (o que dá 4 vezes a população cruz-machadense).

Sim, onde ela aparecia – pessoalmente aos olhos das pessoas, nas fotos, nas filmagens – o grande pinheiro causava admiração.

Teve uma vida longa, sem dúvida. O pobre ser humano mal chega aos 100, aos 90, aos 80, o que significa que o gigante passou por várias gerações humanas.

Para início de conversa, a considerarmos os 750 anos, a araucária implantada em solo paranaense surgiu antes da descoberta do Brasil, pois, pelos cálculos, deve ter germinado a partir do século XIII (que foi de 1 de janeiro de 1.201 a 31 de dezembro de 1.300). Passou pela época das grandes navegações, das Cruzadas, do feudalismo, da peste negra, do império mongol.

No Brasil observou do alto de sua magnitude a descoberta do país, as capitanias hereditárias, a escravidão, a vinda dos portugueses, espanhóis, holandeses, franceses, a proclamação da Independência, a República.

No Paraná, a emancipação de São Paulo, os períodos da erva mate, madeira, café, soja, industrialização, o tropeirismo.

Em Cruz Machado, a povoação do município, a navegação pelo rio Iguaçu, a agricultura.

Tudo isso e muito mais, com certeza. 750 anos não é brincadeira não.

O gigante tombado.
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