Palmeira busca IG – Indicação Geográfica – para o Porco Moura
(Da Redação)
Grupo gestor do Porco Moura esteve reunido no dia 26 na Prefeitura de Palmeira para elaborar um planejamento estratégico visando resgatar os valores da raça nativa. A cidade de Palmeira poderá receber a indicação geográfica (I.G) do produto, e em seguida o Sebrae realizará um workshop para abordar o conceito de indicação geográfica, sua importância para o desenvolvimento local, turismo sustentável e espécies relacionadas.
A iniciativa de reunir o grupo e resgatar a cultura, promovendo o turismo e oferecendo uma alternativa de renda para os produtores, partiu da empresária Rosane Radecki, proprietária do restaurante Girassol. Ela procurou a Prefeitura Municipal de Palmeira e o Sebrae para desenvolver e executar o projeto.
A reunião contou com a participação da Zootecnista Juliana F. Borges de Freitas e da Médica Veterinária Caroline Marie Sundin de Paula, representando a Prefeitura de Palmeira. Além delas, estiveram presentes Rosane Radecki, proprietária do Restaurante Girassol, juntamente com representantes do Sebrae, da Universidade Estadual de Ponta Grossa e de forma virtual o representante da CR Agro Consultoria.
O Porco Moura
Os porcos da raça Moura foram trazidos para o Brasil pelos jesuítas portugueses e espanhóis durante o período das Missões Religiosas no período colonial, entre 1.500 e 1.700.
Se deram bem nos Campos Gerais porque, como são criados soltos, em pastagens e florestas nativas, tinham o pinhão no Inverno como alimento, além de frutas como o butiá, peras, maçãs.
O Presidente da Associação da raça Porco Moura, e também criador, Bernardo Fadel, diz que o animal pode levar até 1 ano para atingir o peso do abate, que é de cerca de 100 quilos (podendo chegar a 300 quilos quando adultos).
A Universidade Estadual de Ponta Grossa, junto com a Universidade Federal do Paraná, tem projeto de resgate da raça. O trabalho de conservação e multiplicação é realizado na Fazenda Escola Capão da Onça.
Cada vez mais a carne do Porco Moura vem sendo valorizada pelos chefs de cozinha e açougues gourmets. Entendidos no assunto afirmam que a qualidade está no alto nível de marmoreio que é a gordura entremeada nas fibras musculares, tornando o prato mais macio e saboroso.