Porecatu chega aos 72 anos com muita cana e muita água

Porecatu está comemorando no dia 8 de dezembro 72 anos de emancipação política e administrativa, com a instalação ocorrida no dia 8 de dezembro de 1947, desmembrado de Sertanópolis. A Secretaria de Esportes e Lazer está promovendo o I Torneio de Verão somente para atletas da cidade, que se envolverão em disputas de basquete, vôlei, futevôlei, futebol suíço, handebol, futsal.

O município é conhecido por sediar uma das maiores usinas de açúcar e álcool do país, a Usina Central do Paraná, do grupo Atalla – maior geradora de empregos -, fundada no dia 27 de julho de 1950. E também por estar localizado quase às margens do rio Parananapema, na divisa com São Paulo, fazendo da cidade um atrativo turístico para pescarias, esportes náuticos, lazer. Está por ali a Hidrelétrica Capivara, mantida atualmente pela empresa CTG Brasil.

Com um território de 291,345 km2, o município é grande produtor de cana-de-açúcar (9.575 hectares, segundo o Ipardes), milho (2.000 hectares), soja (3.300). As maiores criações são de aves e bovinos.

História

Texto da Prefeitura

O norte paranaense só passou a atrair a atenção de colonizadores no final do século XIX, quando o chamado Norte Pioneiro, a nordeste do estado, passou a ser colonizado por agricultores vindos dos estados de São Paulo e Minas Gerais, interessados em criar fazendas de café. Até este momento, a menos de algumas diligências de jesuítas catequizadores e exploradores ocasionais, o norte do Paraná era apenas habitada por índios.

O restante da região norte, conhecido como Norte Central Paranaense, começou a ser colonizado a partir da década de 1920, quando foram fundadas as empresas de capital inglês Brasil Plantations Sindycate e Parana Plantations, com o objetivo de colonizar a região e explorá-la economicamente, a parte mais ao norte desta região, que engloba a área do município de Porecatu, é a de colonização mais tardia, tendo se iniciado no final da década de 1930.

A criação destas empresas proporcionou o surgimento de várias cidades da região Norte Central. Por exemplo, a principal cidade da região do norte do estado, Londrina, teve suas origens onde havia sido estabelecida a matriz de uma subsidiária da Parana Plantations Ltd, chamada de Companhia de Terras Norte do Paraná (atual Companhia Melhoramentos).

Até o início da colonização, grande parte, se não a totalidade, das terras da região norte paranaense eram devolutas. Este era o estado dos 500 mil alqueires passados ao controle da Parana Plantations Ltd. quando da sua criação. Aliando-se isto ao fato de que o governo tinha interesse em acelerar o desenvolvimento da região, criou-se uma política de doação de terras e vendas a preços mínimos.

Este foi o caso da região de Porecatu, cujas terras foram loteadas, no início da década de 1940, por decisão do interventor federal para o estado do Paraná Manuel Ribas, juntamente com terras que hoje pertencem aos municípios de Centenário do Sul, Miraselva, Florestópolis, Jaguapitã e Guaraci, totalizando 120 mil hectares.

Um dos grandes adquiridores destas terras foi Ricardo Lunardelli, que por sua vez as dividiu e loteou. Registra-se que Ricardo Lunardelli chegou a região da atual Porecatu, acompanhado de seus filhos Urbano e João, em 8 de dezembro de 1941, data considerada como sendo a de fundação do município.

A fazenda onde se iniciou o povoado era conhecida como Fazenda Canaã. Em 1942 tentou-se dar o nome de Brasília ao povoado, mas na data do primeiro registro oficial do município, foi utilizado o nome Porecatu, escolhido por Ricardo Lunardelli. Porecatu significa na língua Tupi algo como “bonito salto d’água”.

O povoamento que viria a se tornar a atual cidade de Porecatu teve seu primeiro registro oficial como distrito do município de Sertanópolis, qualidade outorgada pelo decreto-lei estadual nº 199, de 30 de dezembro de 1943, assinado pelo então interventor federal Manuel Ribas, um dos políticos nomeados por Getúlio Vargas para administrar os estados brasileiros.

Posteriormente, a lei estadual nº 2, de 10 de outubro de 1947, elevou Porecatu à categoria de município, desmembrando-o de Sertanópolis – a instalação propriamente dita do município se deu a 5 de novembro do mesmo ano. Esta mesma lei também deixava sob administração de Porecatu o distrito de Alvorada do Sul.

Em 14 de novembro de 1951, a lei estadual nº 790, sancionada pelo governador Bento Munhoz da Rocha Neto, criou os municípios de Florestópolis e Alvorada do Sul, desmembrando-os da administração de Porecatu.

Outra data importante para o município é a de 14 de janeiro de 1948, quando a lei estadual nº 23 criou a comarca de Porecatu, oficialmente instalada a 27 de janeiro do mesmo ano. Os registros indicam Octávio Bezerra Valente como o primeiro juiz da cidade.

A mesma década de 1940 que assistiu ao nascimento oficial do município, também viu o desenrolar de um violento conflito entre posseiros e policiais chamado de a Guerra de Porecatu.

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