Ribeirão do Pinhal, uma história ligada ao café
Ribeirão do Pinhal é um dos municípios do Norte Pioneiro que cultiva e cultua o café. Agora sob o sistema adensado, são cerca de 10 milhões de pés em 3.800 hectares, gerando mais de 1.000 empregos diretos. Por causa da produção, a cidade atraiu indústrias de torrefação, como a Café Piloto, Café Adensado, Café Prolar. O café está até no Hino da cidade: “E ao trabalho da gente altaneira, de alma cheia, de amor e de fé, gratidão desse solo fecundo, refugiou ondulante o café…” Os primeiros colonos vieram em busca de uma nova vida, de uma terra fértil e propícia para o cultivo principalmente de café. A agricultura, até hoje o carro-chefe da economia municipal, foi a principal atividade exercida pelos migrantes.
O município, porém, já foi um dos maiores produtores de café do Brasil. Durante a década de 1970, passou pela “Era de Ouro do Café” e a cidade chegou a possuir aproximadamente 25.000 habitantes. Essa época durou até 1975, quando ocorreu a nefasta Geada Negra no dia 18 de julho. O fenômeno dizimou as plantações e o êxodo rural foi intenso, porque os produtores arrancaram seus cafezais para investir em outras culturas ou na criação do gado – que não geravam tantos empregos.
Ferroni
Durante a década de 1990, Ribeirão do Pinhal volta novamente ao cenário estadual como principal produtor de café, graças ao investimento do maior produtor de café da América Latina, Sr. José Ferroni. De 1997 a 2000, nossa cidade foi considerada a “Capital Paranaense do Café”, com aproximadamente 22 milhões de pés plantados. Após o falecimento de Ferroni, em 2001, a produção cafeeira voltou a cair. Suas fazendas cafeeiras foram sendo vendidas e transformadas em cultivos de soja, trigo, milho, outros produtos agrícolas e pastos para criação de gado. As pessoas que trabalhavam nas fazendas de Ferroni, ou foram morar na cidade, consolidando o êxodo rural ou se evadiram para centros maiores.
Hoje a população é de 15.000 habitantes, mas o café adensado volta a trazer desenvolvimento, juntamente com outras culturas e o início da industrialização.
