Romaria Tropeira percorre a Rota do Rosário unindo tradição e religiosidade

Romaria Tropeira percorre a Rota do Rosário unindo tradição e religiosidade
Foto: Clube dos Tropeiros Alma Sem Fronteiras

(AE NOTÍCIAS)

Fé, história e tradição vão se encontrar na segunda edição da Romaria Tropeira, percorrendo a cavalo os 15 santuários da Rota do Rosário, entre os Campos Gerais e o Norte Pioneiro do Paraná. A partida foi no sábado (dia 13), do Santuário de Nossa Senhora das Brotas – a padroeira dos Tropeiros – em Piraí do Sul. As cavalgadas ocorrem todo fim de semana, passando por cada uma das igrejas, até o dia 11 de maio, quando os romeiros se encontram no Santuário Natural Santa do Paredão, em Jaguariaíva.

Três cidades por onde passa a Rota do Rosário – Piraí do Sul, Arapoti e Jaguariaíva – também fazem parte da Rota dos Tropeiros. O roteiro turístico é proveniente do antigo Caminho das Tropas, que entre o início do século XVIII até meados de 1930, para a comercialização de animais entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, tendo muitas localidades paranaenses como ponto de descanso.

Já a Rota do Rosário é um projeto que busca fomentar o turismo religioso no Paraná. Com 651 quilômetros de extensão, um dos mais longos do País, o roteiro passa por 17 municípios, com diversos locais de parada, entre santuários, catedrais e museus, além da possibilidade de visitar propriedades rurais, cachoeiras e outros atrativos.

“O tropeirismo está muito ligado à religiosidade, os homens que percorriam o Caminho das Tropas eram geralmente pessoas de fé”, explica Vinícius Nadal de Masi, presidente do Clube dos Tropeiros Alma Sem Fronteira de Jaguariaíva, que organiza o evento. “Até a história do Santuário de Nossa Senhora das Brotas tem ligação com o movimento. A imagem que hoje está na igreja foi encontrada intocada por um tropeiro após um incêndio que ocorreu em um campo, onde só tinham sobrado as ‘brotas’ das plantas. Foi assim que iniciou essa devoção”.

A primeira edição da Romaria Tropeira, realizada em 2020, acabou interrompida pela pandemia de Covid-19 e não percorreu os 17 municípios da rota. Agora os organizadores veem a oportunidade de fazer o percurso completo. Os participantes, porém, podem escolher quais roteiros vão percorrer, de acordo com a sua disponibilidade. No caminho, eles vão por cidades históricas, santuários religiosos, paisagens naturais e comunidades rurais.

A organização espera que cerca de 30 devotos participem semanalmente da cavalgada. Eles vão carregar as imagens de Nossa Senhora das Brotas e de São João Batista pelo percurso, que serão deixadas no santuário de chegada por uma semana, com a celebração de missas e novenas nesses locais.

A romaria é gratuita, mas para participar é preciso fazer a inscrição pelo Sympla e atender ao regulamento da organização. Ele prevê uma série de requisitos, como o bem-estar animal, a responsabilidade com os participantes menores de idade e comprometimento com as práticas de conservação, manutenção e proteção do meio ambiente em todo o percurso rural e urbano da Rota do Rosário.

A romaria é aberta a pessoas de todas as idades e gêneros, desde que com aptidão física e psicológica para a cavalgada. Os animais em condições físicas adequadas e o cavaleiro precisa manter em todos os percursos a preocupação com o seu bem-estar.

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