Todo o charme de Morretes aos 286 anos de fundação

Todo o charme de Morretes aos 286 anos de fundação
Rio Nhundiaquara e o restaurante Ponte Velha

Muitos caminhos levam a Morretes, uma das cidades mais charmosas do Brasil, a 68 quilômetros de Curitiba. Um deles, imperdível, é a histórica Estrada da Graciosa, inaugurada em 1873, cheia de curvas, toda em paralelepípedo, com encostas floridas, passando por picos, cachoeiras, mirantes e, no caminho, muitas barracas vendendo balas de banana, geléias, conservas, defumados, cachaças artesanais. Outro, também imperdível, é a estrada de ferro Curitiba – Paranaguá, serpenteando a Serra do Mar e subindo a uma altura de quase 1 mil metros, com muitos túneis, viadutos, paisagens de tirar o fôlego. Tem também a BR-277, rápida, duas pistas.

A cidade, que comemora 286 anos de fundação no dia 31 de outubro (a emancipação ocorreu em 1841) é famosa pelos seus muitos restaurantes servindo o prato típico paranaense, que é o barreado. Especialmente aos domingos, parece que Curitiba inteira desce até lá, movimentando suas ruas estreitas.

Morretes, pela Secretaria de Estado do Esporte e Turismo

Fundada em 1733, quando o Ouvidor Rafael Pires Pardinho determinou que a Câmara Municipal de Paranaguá demarcasse 300 braças em quadra local, onde seria a futura povoação de Morretes.

Em meados do século XVIII mudou-se para o povoado de Morretes o Capitão Antonio Rodrigues de Carvalho e sua mulher, dona Maria Gomes Setúbal, construindo uma capela sob a invocação de Nossa Senhora do Porto e Menino Deus dos Três Morretes. Em 1841 foi elevada a categoria de Município, sendo desmembrada de Antonina.

Situada aos pés da Serra do Mar, Morretes encanta por sua Natureza preservada, seu clima agradável, a saborosa gastronomia que oferece o famoso Barreado e suas charmosas pousadas.

O que Visitar

Igreja de São Sebastião do Porto de Cima

Devoção de origem portuguesa, a igreja foi construída na primeira metade do século XIX e inaugurada em 1850. A arquitetura externa, com características coloniais, foi bastante modificada. Internamente, sua arquitetura é rica. Foi tombada e restaurada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1963. Localiza-se no povoado de Porto de Cima.

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto

Inaugurada em 1850, possui em seu interior uma Via-Sacra a óleo executada pelo famoso pintor morretense Theodoro de Bona. Em frente à igreja está instalado um sino, vindo de Portugal, com o brasão do Império, fundido no ano de 1854, além de uma cruz que data da passagem do século e um relógio em sua torre que funciona desde a fundação da igreja. Localiza-se no Largo da Matriz.

Igreja de São Benedito

Seu estilo arquitetonico é colonial, os dados históricos referentes a esta igreja apresentam controvérsias. Consta como construída por escravos em 1765 ou que a data de sua fundação foi em 1863, com sua torre edificada somente 53 anos mais tarde, em 1916, por iniciativa do provedor e tesoureiro Capitão Roberto França; ou ainda que foi inaugurada em 01 de janeiro de 1884 e benta em 7 de setembro do mesmo ano. Seu acervo artístico e histórico permanece bem conservado. É tombada pelo Patrimônio Histórico do Paraná. Localiza-se na confluência das Ruas Conselheiro Sinimbu e Fernando Amaro.

Galeria de Arte Mirtillo Trombini

Inaugurada em 26 de maio de 1995, faz parte do Instituto Mirtillo Trombini. Espaço filantrópico que realiza exposições permanentes retratando a história do Município através das pinturas do artista plástico e fundador Mirtillo Trombini. Possui salas expositivas, espaço de convivência, biblioteca (Cantinho da Leitura). No projeto” Do Brasil para o Nosso Cantinho” o turista pode participar enviando um livro possibilitando uma integração entre turismo e comunidade local.

Tel. (41) 3462-1325.

E-mail galeriatrombini@brturbo.com.br

Localiza-se na Alameda João de Almeida, 20

Visitação: terça-feira a domingo das 9h às 16h.

Marco Zero

Em 31 de dezembro de 1733, fixou-se o Marco Zero, quando o Ouvidor Rafael Pires Pardinho determinou aos oficiais da Câmara Municipal da Vila de Paranaguá, que demarcassem 300 braças para delimitação do município.

Localiza-se às margens do Rio Nhundiaquara, na Rua General Carneiro.

Estação Ferroviária

Datada de 1885, o antigo prédio deu lugar a uma estação com características modernas que possui lanchonetes, sanitários e barracas com produtos artesanais. Dela tem-se uma bonita visão das montanhas da Serra do Mar.

Localiza-se na Praça Rocha Pombo.

Porto de Cima

Povoado situado ao pé da Serra do Mar teve seu apogeu em decorrência dos engenhos da ervamate e, nas últimas décadas do século XVIII, passou a ter grande importância econômica como entreposto comercial entre o litoral e o planalto.

Guarda ainda vestígios de seu passado retratado pelas ruínas de engenhos, casarões e calçadas de pedras. Atualmente possui praia fluvial, áreas para acampamentos e pousadas

Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi

Criada com o objetivo de disciplinar e controlar a ocupação do solo, proteger os recursos naturais renováveis, as paisagens, as localidades e os acidentes geográficos naturais adequados ao repouso e a prática de atividades recreativas, desportivas ou de lazer. Compreende grande parte da Serra do Mar, abriga um elenco de atrações como: Estrada da Graciosa; Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba; Mananciais da Serra; Caminhos da Graciosa, do Arraial, do Itupava e da Cachoeira; e parte da represa do Capivari, numa área que abrange outros municípios do Litoral e Região Metropolitana de Curitiba. Localiza-se no Parque Estadual do Marumbi.

Parque Estadual do Pau Oco

Criado em 1994, com o objetivo de proteger em seus 905,58 hectares, remanescentes da Floresta Atlântica, cachoeiras como o Salto da Fortuna com 40 metros de queda, que forma em sua base uma grande piscina natural, o Caminho Colonial do Arraial, antiga ligação entre o Litoral e Curitiba (aberto entre os anos de 1586 e 1590) e uma antiga capela utilizada pelos faiscadores da época para pedir proteção nas expedições em meio a Serra do Mar.

Parque Estadual Pico do Marumbi

Criado em 1990, abriga o Pico Marumbi, também conhecido como Olimpo, com 1539 metros, é o ponto preferido para a prática do montanhismo, por proporcionar escaladas em todas as modalidades e graus de dificuldade. No caminho entre a estação e o Pico Marumbi, situa-se a cascata dos Marumbinistas, uma queda d’água quase vertical, com uma altura de aproximadamente 50 metros. O acesso se dá pela Estação do Marumbi, da Ferrovia Paranaguá – Curitiba ou pela Estrada das Prainhas partindo de Porto de Cima.

Estrada da Graciosa

A Estrada da Graciosa, um percurso diverso do Caminho da Graciosa, teve sua construção iniciada no governo do Presidente da Província Zacarias de Góes e Vasconcelos, não se sabendo exatamente quando foram concluídas suas obras (acredita-se que tenha sido por volta de 1873). É hoje um local de lazer, com churrasqueiras, sanitários, quiosques para venda de produtos típicos, mirantes, a ponte de ferro sobre o Rio Mãe Catira e o Portal da Graciosa.

Caminhos Coloniais

Os caminhos coloniais eram as únicas ligações entre o litoral e o planalto paranaense, em meados do século XVII. Por eles subiram os predadores de índios, os faiscadores de ouro e os homens que povoaram os Campos de Curitiba e os CamposGerais. Os caminhos surgidos espontaneamente, de acordo com a necessidade no início da colonização, hoje são percorridos pelos que buscam o naturalismo e o turismo ecológico, que pode ser desenvolvido nos Caminhos da Graciosa e do Itupava.

Caminho da Graciosa

Teve sua construção em duas etapas: a da Serra do Mar, entre 1646 e 1653 e até o Atuba, entre 1848 e 1870. Este caminho foi trilha dos indígenas, que desciam a serra para mariscar no litoral e depois subiam na época do pinhão. Em 1653 o caminho foi abandonado (sendo substituído pelo Caminho do Itupava), a abertura definitiva só foi possível após a Emancipação da Província, em 1872.

Caminho do Itupava

Aberto a partir de uma trilha indígena do período pré-colonial e calçado com pedras irregulares no século XIX, o Caminho do Itupava liga os municípios de Morretes e Quatro Barras. Com 22 quilometros, totalmente restaurado, com recuperação do piso, limpeza e construção de sete passarelas e três pontes semipênseis, o caminho cruza três unidades de conservação: a AEIT do Marumbi e os Parques Estaduais do Pico do Marumbi e Serra da Baitaca, atraindo aventureiros de várias regiões do Brasil e atingindo até o público internacional, mostrando a grande beleza cênica da mais rica floresta tropical úmida do mundo.

Salto dos Macacos / Salto Redondo

O Rio dos Macacos cai de uma altura de 70 metros, sobre uma laje granítica, formando uma piscina natural. Em seguida, como um degrau, forma outro salto, o Redondo, com aproximadamente 40 metros de queda livre e 20 metros de largura, proporcionando um espetáculo, que pode ser avistado ao longe, durante a viagem de trem ou litorina. Para admirar de perto a beleza cênica do conjunto, dois são os caminhos de acesso: por ferrovia, desembarcando na Estação do Marumbi, ou via Porto de Cima pela Estrada de Prainhas.

Estrada das Prainhas

É na verdade um trecho do antigo Caminho Colonial do Itupava, que liga Porto de Cima à Estação de Engenheiro Lange. Corre paralela ao rio Ipiranga, que deságua no Nhundiaquara. Este trecho do rio é o mais procurado por quem deseja descer o rio de boia. Acesso ao Salto dos Macacos, ao Caminho do Itupava, ao Conjunto Marumbi e à Usina Hidrelétrica de Marumbi.

Rio Nhundiaquara

O rio que serviu como primeira via natural de ligação entre o litoral e o planalto, sendo navegado pelos descobridores já em 1560, permite a prática de esportes como canoagem, boiacross e pescarias. Como atrações destacam-se a Ponte Velha, sobre o rio no centro da cidade, considerada uma obra de arte com portais rebuscados, inaugurada em 1912 e recuperada em 1975, por ser uma importante via de comunicação da cidade e por sua importância histórica e turística no contexto de Morretes.

Rio Mãe Catira

Atravessa a Estrada da Graciosa na região ao pé da Serra e logo abaixo se conflui com o rio São João para formar o rio Nhundiaquara. O acesso pode ser feito pelo Recanto Mãe Catira, na Estrada da Graciosa.

Véu da Noiva

Cachoeira do rio Ipiranga com aproximadamente 70 metros, que pode ser apreciada da Estrada de Ferro, próxima à Estação Véu da Noiva.

Morro do Sete

Porção oriental do conjunto Marumbi de aproximadamente 1450 metros, de difícil acesso (5 horas de subida) propício para montanhistas, com visão de grande parte da planície litorânea. Acesso pela Estrada da Graciosa.

Estrada do Central

Ligação alternativa por estrada (não pavimentada) entre Morretes e Porto de Cima, a qual atravessa o leito do rio Nhundiaquara. No local podem ser visualizadas ruínas de antigas construções e da Usina de Açúcar.

Estrada do Anhaia

A Estrada do Anhaia, a partir da ponte do rio do Pinto (primeiro Porto Real de Morretes) é na verdade a remanescente do Caminho do Arraial, primeira ligação entre o litoral e o planalto, aberto entre 1586 e 1590. Com alambiques (dois ativos e vários desativados).

Curva da Preguiça

Curva do rio São João acompanhada pela Estrada da Graciosa, procurada por banhistas e visitantes que buscam um local para lazer. Um dos pontos de partida para o Salto do Tombo d’Água, cachoeira de aproximadamente 15 metros, de fácil acesso, em um percurso de 45 minutos. No local podem ser vistas ruínas das comportas de engenho. Possui lanchonetes e aluguel de churrasqueiras.

São João da Graciosa

Lugarejo situado aos pés da Serra do Mar com vários rios de água cristalina e venda de produtos artesanais. Localiza-se a 13 km do município de Morretes, bifurcação da Estrada da Graciosa.

Rua das Flores

Calçadão às margens do rio Nhundiaquara com seus casarios históricos como a casa onde pernoitou D. Pedro II, o Marco Zero, chafariz, coretos, restaurantes e o primeiro telégrafo da cidade.

Recanto Cascatinha Marumbi

Recanto formado por um bosque às margens do rio Marumbi que após uma pequena corredeira forma uma grande piscina natural, propício para banhos e mergulhos. Um imponente paredão de pedras acompanha o rio por longo percurso à direita podendo ser contemplado na Ponte Pênsil. Possui infraestrutura básica de camping, churrasqueiras, lanchonete, sanitários e vestiários. No entorno funcionam ainda, uma fábrica de farinha de mandioca e de balas, além do primeiro alambique do Brasil a produzir a cachaça de Banana.

Tel. (41) 3462-1343 / 3462-1812.

Recanto Nova Itália

Recanto às margens do rio Nhundiaquara, que após uma pequena corredeira forma uma piscina natural, local propício para banhos e mergulhos. Possui camping, churrasqueiras, lanchonete, sanitários e vestiários. Tel. (41) 3462-2577.

Home page: www.recantonovaitalia.com.br

Santuário Nhundiaquara

Parque ecológico, com 400 hectares, possuindo piscina infantil, piscina natural, toboágua de 140 metros de comprimento que corta a vegetação e desemboca nas águas do rio Nhundiaquara, cachoeiras, cascatas e trilhas. Eco Park com área coberta de 1000 m² com completa infraestrutura de alimentação, vestiários, guarda-volumes, local para eventos e estacionamento.

Tel. (41) 3462-1938

E-mail: info@nhundiaquara.com.br

Home page: www.nhundiaquara.com.br.

Localiza-se na Estrada das Prainhas, km 2 – Porto de Cima.

Visitação: terça-feira a domingo das 10h às 18h.

Passeio de Trem (Morretes/Curitiba)

Pela Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, obra prima da engenharia, inaugurada em 1885, cortando a Serra do Mar por dezenas de pontes e túneis esculpidos em rocha. Informações com Serra Verde Express.

Tel. (41) 3462-1265 / 3462-2600 ou 3888-3488 (Curitiba).

Rotatória

Encontra-se em obras a construção de uma rotatória na entrada da cidade, uma obra esperada há anos pelos morretenses e que deve organizar o trânsito. A rua XV de Novembro, que dá acesso à cidade e passagem também para Antonina e seus Portos, com tráfego intenso de caminhões.

A obra é resultado de convênio com a Paraná Cidade.

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