Árvores tombadas, queimadas, para surgir São Carlos do Ivaí

Árvores tombadas, queimadas, para surgir São Carlos do Ivaí
FOTO - IBGE

(da Redação)

Documentos do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – contam a história da colonização de São Carlos do Ivaí:

“Em 1944, Silas Pioli, engenheiro civil radicado em Curitiba, desejando dedicar-se a outras atividades, requereu e obteve do Governo do Estado do Paraná, a concessão de uma área de 2.000 hectares de terras situadas às margens do rio Ivaí, no interior do Município de Mandaguari, transformando-a numa fazenda mista de criação de gado e plantação de café, a qual recebeu o nome de “São Carlos do Ivaí”.

Notou, entretanto, que a área que lhe fôra concedida era demasiada grande e resolveu, então, promover o loteamento da fazenda com a intenção de formar um Patrimônio.

Em 1949, após haverem sido tituladas as terras, a idéia da fundação de uma Cidade já estava concretizada. Por volta de 1950, chegaram a São Carlos do Ivaí os primeiros compradores de “datas”, onde já se encontravam os velhos posseiros: Pedro Roque, os Albanos, Antonio Mathias, João Pojto e o velho Porfírio, que foram os primeiros a penetrar a região através de picada. Com essa gente, foi aberta, em 1951, a primeira rua e construída meia dúzia de casas de madeira no perímetro urbano. Aí Batista Bego, Segismundo Iguacewski, Alípio Rodrigues e Waldomiro Roda estabeleceram as primeiras casas comerciais, embora, Ginez Serrano e João Pinto já possuíssem armazéns nas cercanias da Cidade em formação”.

Uma série de fotos mostra a devastação das florestas. Perobeiras gigantescas, figueiras, palmitos, tudo era derrubado e queimado, sem que ao menos se aproveitassem melhor as madeiras – a não ser para a construção dos primeiros casebres.

O fogo devorava tudo e ficava a cor preta das pós-queimadas, árvores tombadas, animais fugindo, porque havia a pressa de se plantar café.

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