Jundiaí do Sul chega aos 72 anos e encontra novos caminhos

Jundiaí do Sul já teve pelo menos duas fases áureas: da exploração da madeira e da cultura do café. As serrarias acabaram com as árvores e foram embora. O café, a fatídica “geada negra” praticamente extinguiu. Entrou o gado e, onde entra o boi sai o homem. A população encolheu…

Mas o jundiaiense não esmorece  e trabalha. Com isso, está havendo dias de mais progresso para o município e para as famílias. A Prefeitura, na atual gestão de Eclair Rauen, bem como a Câmara de vereadores e os governos estadual e federal, tem projetos para a implantação de um novo modelo econômico, talvez tirando o gado das propriedades… Conforme alguns moradores, em 1989, há 30 anos, aconteceu a invasão da Fazenda São João (Matida) por integrantes do MST e sua posterior regularização pelo Incra, o que teria gerado incremento populacional, modificando um pouco o quadro sócio-econômico. São muitos, proporcionalmente, os assentados. São 151 proprietários e 107 assentados sem titulação definitiva, além de 39 ocupantes.

Mas a diversidade agrícola acontece. Tanto que, conforme o Ipardes, são cultivados 11.000 hectares de soja no município, além de 2.500 de trigo, 2.600 de milho, 800 de feijão, 170 de café. O rebanho de bovinos é grande: 40.652 cabeças, mas há criações de frangos e suínos. E expressiva produção de leite. Um programa de estímulo à produção agrícola está em andamento pela região, com a implantação de culturas como do tomate e maracujá.

História

Em 1917, Salvador Castilho, caboclo desbravador de matas, e dois índios guaranis, Raimundo e Benedito, chegaram às terras onde hoje se localiza o Município de Jundiaí do Sul. Os pioneiros encontraram no local três tribos de índios: os Caigangues, em maior número, e os Guaranis e Coroados, tribos menores. Seriam ao todo uns 1.800 índios. O primeiro núcleo de brancos foi instalado em 1918.

Criado pela Lei n°02 de 10 de outubro de 1947, foi instalado oficialmente em 5 de dezembro do mesmo ano, sendo desmembrado de Santo Antônio da Platina.

Jundiai, na língua indígena, significa “rio dos jundiás”. Jundiá é uma espécie de bagre.

Família imperial

Jundiaí do Sul tem no brazão, acima, a figura de uma coroa. Isso representa a passagem, pelas suas terras, de um membro herdeiro do Império do Brasil. Com efeito, Dom Pedro de Orleans e Bragança residiu durante 12 anos no município, cuidando da criação de gado em sua fazenda Santa Maria. Do total de 12 filhos que ele e a esposa tinham, 9 viveram esse período em Jundiaí do Sul. Três nasceram ali.

Festa de São Francisco

Jundiaí do Sul tem uma grande festa anual, realizada em Outubro: a festa de São Francisco, promovida pela Paróquia São Francisco de Assis. A cidade tem um movimento incomum, com pessoas vindo até de outras cidades da região para participar do leilão de animais variados, barracas de salgados, porções, sucos, refrigerantes e doces, além de participar da celebração da Santa Missa e da costela ao fogo de chão e porco no tacho.  A Paróquia pertence à Mitra diocesana de Jacarezinho e foi criada em 1950.   

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