Maringá, o pólo da estévia

Maringá é o pólo produtor de adoçantes naturais a base de estévia graças às pesquisas realizadas pela Universidade Estadual de Maringá. A equipe de desenvolvimento dos estudos foi liderada pelo prof. Dr. Mauro Alvarez, bioquímico que em 1964 ganhou o renomado Prêmio de “O Invento do Ano – Governador do Estado de São Paulo”. Naquele mesmo ano foi fundada a Ingá – Companhia de Desenvolvimento Industrial, constituída por 300 acionistas, futura controladora da empresa Ingá Stevia Industrial S.A.

Em 1986 a Ingá assinou contrato de licença para exploração de patente e transferência de tecnologia com a Universidade Estadual de Maringá e a Fundação Banco do Brasil, que lhe assegurou exclusividade no direito de empreender uma agroindústria para produzir o steviosídeo. Esse contrato foi o primeiro caso concreto de interação entre duas entidades públicas e uma organização privada no Brasil.

Em 10 de setembro daquele ano a portaria N.º 14 da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, através da Divisão Nacional de Alimentos, autorizou o uso do steviosídeo como edulcorante natural (aditivo) em alimentos e bebidas de baixa caloria. O adoçante é utilizado industrialmente em sorvetes à base de laticínios e em iogurtes congelados, chás gelados, temperos e vinagres. É ingrediente de refrigerantes, substitutos de comidas e outras bebidas. Também é usado em cosméticos e produtos odontológicos.

As folhas de estévia são 30 vezes mais doces que o açúcar, e o extrato é 300 vezes mais. É um adoçante natural não calórico. A estévia é usada para substituir a sacarina, o ciclamato e outros edulcorantes artificiais. Contém vários compostos glucósidos que lhe conferem o sabor doce natural. A presença da estévia em novos produtos disparou após as recomendações de organizações de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), de reduzir a ingestão de açúcar devido a sua associação com sobrepeso, obesidade, diabetes e cáries.

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