Não devem ser realizadas neste ano as exposições agrícolas mais antigas do Brasil

APÓS A TEMPESTADE DO CORONAVÍRUS, UM ARCO-ÍRIS COM POTES DE OURO

A 77ª. de Assaí e a 67ª. de Uraí devem ficar para 2021

A mais antiga exposição agrícola do país, que se realiza todos os anos ininterruptamente, é a Exposição Agrícola Regional de Assaí. E outra das mais antigas (talvez seja a segunda) é a Exposição Agrícola e Industrial de Uraí.

Ambas as cidades tem fortes influências da imigração japonesa, que colonizou a região e preservam muitos dos costumes da Terra do Sol Nascente: comidas, trajes, danças, músicas. E, assim, nas exposições, além das mostras e premiações dos produtos, há espetáculos como o festival Bom Odori, Matsuri Dance, Taiko.

No ano passado, foi realizada a 76ª edição da mostra assaiense e a 66ª. da uraiense.

Neste ano, porém, pelo andar da carruagem (carruagem muito lenta), com o coronavírus, provavelmente, pela primeira vez em suas histórias, as exposições não sejam realizadas.

Tudo ficaria para 2021, se Deus quiser.

Assai, Urai

A 76ª. Expo de Assaí, em 2019, foi realizada em comemoração ao 87º aniversário de Assaí, de 7 a 9 de junho no Centro de Eventos Toyosaburo Ikeda. Teve praça de alimentação, exposição de produtos agrícolas, estandes comerciais, maquinários e implementos, eventos técnicos da Emater, shows musicais, além das tradições nipônicas. A entrada foi uma colaboração solidária de um quilo de alimento não perecível para o Provopar de Assaí.

Em Urai, aconteceu a 66ª. Exposição. Destaque-se que o município foi, até 1980, a “Capital Mundial do Rami”, tanta era a produção da fibra, que gerava muita mão de obra. Histórias tristes, de perdas de mãos, aconteciam com os trabalhadores operando as máquinas desfibradoras, os famigerados “periquitos”.

Em Assaí está o único castelo autenticamente japonês do Brasil, que foi inaugurado em 2018,em comemoração dos 110 anos da colonização japonesa no Brasil. Inspirado no castelo de Himeji, da Província de Hyogo (co-irmã do Paraná), tem 25 metros de altura, na parte mais alta do centro urbano, com 4 pavimentos.